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Jacarés do Bioparque Pantanal recebem chips; marcação garante controle da saúde dos répteis

Jacarés do Bioparque Pantanal recebem chips; marcação garante controle da saúde dos répteis
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Em um ambiente preparado e sendo monitorado por profissionais, os animais podem viver por décadas no complexo

Lucas Cazati diz que chip é o RG dos animais  

Com objetivo de ter um controle veterinário e garantir o bem-estar, 14 jacarés que vivem no Bioparque Pantanal receberam chips de identificação e passaram por atendimento médico. Segundo o médico-veterinário e responsável técnico do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) e do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Lucas Cazati, além da parte de biometria, a equipe realizou a avaliação física de cada animal. “Agora nós temos o histórico deles, todas as informações. Isso torna-se o seu RG até o final de sua vida”, explicou.

Os animais que chamam a atenção dos visitantes por sua beleza exótica são os Jacarés-do-Pantanal, de nome científico Caiman yacare. Eles foram doados para o complexo pela Caimasul, fazenda turística de criação de jacarés.

Cuidados garantem bem-estar e aumentam expectativa de vida dos jacarés

Ainda segundo Lucas o processo de controle acontece em parques, zoológicos e instituições. Animais que saem do CRAS após atendimento, também são demarcados ao retornar para a natureza.

Com uma dieta estritamente carnívora, o Jacaré-do-Pantanal se alimenta no final da tarde e, ainda de acordo com Lucas, são jovens e podem viver por anos no complexo. “Eles vivem muito, ainda mais num ambiente preparado para eles, que não tem tanta briga na alimentação, é tranquilo. Se Deus quiser, vão viver décadas aqui”, pontuou.

Cuidado com animais é rotina diária no complexo

A diretora do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, participou do atendimento e fez questão de ajudar os profissionais no manuseio dos animais. Para ela é de extrema importância que eles sejam monitorados. “Temos como propósito manter todos os animais com saúde e bem cuidados. O trabalho realizado é apenas uma das ações que acontecem aqui dentro e que garantem que todas as espécies tenham qualidade de vida”, explicou.

Quem também passou por atendimento foi a sucuri-verde, a Gaby. A serpente foi pesada e alimentada, e conforme explicou o biólogo do CRAS, Allyson Favero, esse processo acontece uma vez por mês. “Como estamos na época do frio, verificamos se ela ganhou peso e identificamos que ela está ótima”, garantiu.

Considerada a maior serpente brasileira, a espécie ocupa um dos tanques do complexo e quando não está escondida, se exibe para os visitantes em câmera lenta. O animal que veio do Pará, morava em um cativeiro após ser resgatada com ferimentos. 

Rosana Lemes, Subcom
Fotos: Bruno Rezende

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