O Hospital Cassems de Campo Grande comemora nesta segunda-feira (11), um mês de sucesso de mais um Transplante de Medula Óssea, realizada na Capital. Há 15 dias, João Pedro Martins, de 29 anos, conseguiu a sua tão esperada alta, após passar, a pouco mais de um mês, por um transplante de medula óssea autólogo. A infusão foi realizada no dia 09 de novembro, no HC-CG, no paciente morador do município de Sete Quedas.
Este é o 5º transplante autólogo de medula óssea realizado pelo Hospital Cassems de Campo Grande, desde que foi autorizado pelo Ministério da Saúde, em julho de 2022. É possível realizar o transplante de medula óssea autólogo quando as próprias células-tronco, presentes na medula do paciente são coletadas e, posteriormente, utilizadas no tratamento, um autotransplante de medula.
A estória de João vem do final de 2020, quando começou a sentir falta de ar, fadiga e ter sudorese noturna. Ele suspeitou de Covid e, após investigar seu quadro de saúde, mas acabou por descobrir algo maior ou também complicado. Ele foi diagnosticado com Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, responsável pela produção das células de imunidade.
Em março de 2021, o João de Sete Quedas, que se tratava no Hospital Cassems Dourados, iniciou a Quimioterapia e, no fim do mesmo ano, ficou sabendo que precisaria de um transplante de medula óssea. No dia 26 de outubro, João foi internado no HC-CG para dar sequência no tratamento. “Na minha cabeça, eu sempre fui tranquilo, uma pessoa que não tem nada de ruim com alguém. Eu tinha fé em Deus que isso um dia ia passar, que era só um momento ruim na vida, e não tem momento ruim na vida que dure para sempre”, disse João.
Estrutura do hospital e da parte afetiva da equipe
João ressaltou a importância da estrutura do hospital e da parte afetiva da equipe que o tratou.
“Toda a equipe veio falando comigo, me instruindo, explicando certinho, tudo nos mínimos detalhes. Para mim, isso foi essencial, falando a verdade limpa, que não seria fácil, que seria complicado e isso me ajudou em grande parte. O atendimento maravilhoso, a estrutura hospitalar, o conhecimento médico, foi excepcional. Tanto o apoio de fisioterapia, respiratório que fazem com a gente, enfermagem, sempre muito atenciosos em cada detalhe. Não é fácil, mas a equipe faz a gente se sentir melhor pelo atendimento que deram”, avaliou o transplantado.
‘Reviveu’ para outra vida que chega
Acompanhado de sua esposa, Aline Gonçalves da Silva Martins, tem na confirmação da “pega” da medula, um dos motivos para comemorar. O outro é a breve chegada de Miguel, prevista para 23 de janeiro. Aline está grávida de 32 semanas e já tem planos para a família.
“Uma graça recebida, pega da medula do João Pedro, a gente já estava esperando há 3 anos e agora é ir pra casa, seguir sem essa doença, esperar o Miguel chegar, cuidar dele e o João Pedro estará lá para segurar o bebê dele”.
Importância do Setor de Medula Óssea
O oncologista e responsável pelo Setor de Medula Óssea, do Hospital Cassems de Campo Grande, Renato Hideki Yamada, que acompanhou o paciente, ressalta a importância do Setor de Medula Óssea, no Hospital Cassems de Campo Grande.
“Eu falo sempre para a equipe que existe uma pirâmide de complexidade, e o transplante de medula óssea é um dos mais complexos que existe, porque não tem só a parte do transplante em si, você tem as complicações, intercorrências infecciosas, vírus, bactéria, fungo, tanto é que a gente faz um arsenal de medicação para que não tenha intercorrência infecciosa. E falando na complexidade, o hospital tem todas as condições de tratar, tem laboratório, antibióticos, tudo que precisa. Se não tivéssemos essas condições, não seríamos nem habilitados a fazer o transplante”.
Fonte: Ascom Cassems
Fonte: Policia Civil MS