Haddad evita comentar como fica a relação do Brasil com Argentina após eleição de Milei

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, evitou comentar como deve ficar a relação comercial entre o Brasil e a Argentina após a vitória de Javier Milei na eleição presidencial deste final de semana. O candidato libertário prometeu, durante a campanha, abrir a economia para negociar com outros países fora do Mercosul, o que preocupa diretamente o governo brasileiro.

Segundo Haddad, o momento agora é de “desejar
sorte” a Milei e de “aguardar os acontecimentos” daqui para frente.

“O presidente [Lula] demonstrou apreço pela
democracia, o nosso continente tem que se fortalecer. E aguardar os
acontecimentos, agora não há muito o que comentar”, disse ao chegar no
ministério na manhã desta segunda (20).

A eleição de Milei vinha sendo vista com a máxima atenção pelo governo brasileiro, que tem a Argentina como principal parceiro comercial no continente e terceiro maior no mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. O presidente eleito argentino disse, em vários momentos durante a campanha, que pretendia tirar o país do Mercosul, e mudou de discurso na reta final pregando uma melhora nas relações do bloco comercial.

Na semana passada, durante a live “Conversa com o Presidente”, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mandou um recado aos argentinos e afirmou, entre outros pontos, que o Brasil e Argentina precisam estar unidos em um bloco comercial.

“Precisamos criar o nosso bloco para negociar
comercialmente com o resto do mundo. Podemos fazer um acordo da América do Sul
com a China, com a União Europeia, com os Estados Unidos. Juntos nós seremos
fortes, separados seremos fracos. É isso que eu queria que você pensasse na
hora de votar”, afirmou Lula.

Milei também fez críticas pesadas a Lula durante a campanha, e afirmou que não conversaria com ele se eleito. O petista, por outro lado, parabenizou o eleito pelas redes sociais, mas sem citá-lo nominalmente e ainda não telefonou a ele.

Lula apoiou abertamente o candidato governista derrotado, Sergio Massa, e colocou os marqueteiros do PT para reforçarem a campanha eleitoral.

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