Governo sobre projeção para crescimento do PIB em 2023 de 2,5% para 3,2%

O governo revisou para cima as estimativas de crescimento da economia para 2023. Elas passaram de 2,5% para 3,2%, motivadas pelo desempenho acima do esperado para o PIB no segundo semestre, que teve uma expansão de 0,9%.

Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE) do
Ministério da Fazenda, também contribuíram para elevar a projeção o forte
aumento na safra, resultados positivos observados em indicadores antecedentes
no terceiro trimestre e as expectativas de recuperação da economia chinesa no
quarto trimestre.

A expectativa oficial está acima das projeções de mercado, que é de 2,89%, segundo o Boletim Focus, uma pesquisa feita semanalmente pelo Banco Central junto a bancos, corretoras e consultorias.

A projeção de expansão do PIB para o terceiro trimestre do
ano é de 0,1%. Nova retração frente aos três meses anteriores é esperada para a
agropecuária no terceiro trimestre (-5,3%). O ritmo de crescimento na indústria
(0,4%) e nos serviços (0,5%) deve desacelerar, mas compensa a forte queda
prevista para a atividade rural.

Para 2024, a SPE projeta um crescimento de 2,3% no PIB,
também acima do que sinaliza o mercado (1,5%).

O governo avalia que tanto a indústria quanto os serviços
devem se beneficiar com a redução dos juros, as políticas de renegociação de
dívidas e de transferência de renda e com os programas de incentivo ao
investimento.

“O retorno dos gastos mínimos com educação e saúde
também deve impulsionar o componente da administração pública. Pelo lado da
demanda, essas políticas devem impactar positivamente o consumo e a formação
bruta de capital fixo (FBCF, que é como os economistas qualificam o
investimento)”, informa a secretaria.

A previsão para a inflação se manteve estável em 4,85% em
2023 e avançou de 3,3% para 3,4% no ano que vem. Segundo o governo, o reajuste
dos combustíveis nas refinarias e seus impactos na inflação vêm sendo
compensados pela evolução benigna observada para os preços da alimentação no
domicílio e serviços subjacentes (que sustentam ou são essenciais para o
funcionamento de outras atividades econômicas).

A revisão para cima da inflação prevista para 2024 reflete ajustes decorrentes de mudanças no cenário de câmbio e preços de commodities.

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