Fotos de Marte na luz ultravioleta mostram atmosfera e cratera

A NASA divulgou novas fotos de Marte feitas pela missão MAVEN, que orbita o planeta desde 2014. Elas foram tiradas na luz ultravioleta e mostram o Planeta Vermelho de um jeito diferente, destacando características da atmosfera e formações na superfície, como uma grande cratera.

As imagens foram capturadas entre 2022 e 2023, em momentos em que o planeta estava quase em lados opostos em sua órbita ao redor do Sol. Elas foram feitas pelo instrumento IUVS, um dispositivo que observa comprimentos de onda entre 110 e 340 nanômetros.

Estes comprimentos de onda não podem ser vistos por nossos olhos. Então, para torná-los visíveis e mais fáceis de interpretar, as imagens foram renderizadas com cores e vários níveis de brilho, que representam três faixas dos comprimentos de onda do ultravioleta.

O resultado aparece na foto abaixo:

A imagem foi feita em julho de 2022. Nela, o ozônio atmosférico aparece em roxo, enquanto nuvens e névoas estão em tons de branco ou azul. Já a superfície está representada por tons de cobre ou verde, que dependem de como a otimização foi feita para aumentar o contraste e mostrar detalhes de Marte.

Quando a foto foi tirada, o hemisfério sul do planeta estava passando pelo verão. É possível ver a bacia Argyre, uma das mais profundas crateras de Marte, na parte inferior esquerda da foto. Ela aparece coberta por uma névoa atmosférica, visível em tons de rosa claro.

Já a imagem abaixo foi feita em janeiro de 2023, mostrando o hemisfério norte do planeta. Naquele período, Marte já tinha passado do ponto mais longe do Sol ao longo de sua órbita elíptica.

A mudança das estações ajudou a formar nuvens claras no polo norte do planeta. No canto inferior esquerdo da foto, estão os cânions Valles Marineris. A formação se estende por mais de 4 mil km, sendo o maior cânion do Sistema Solar.

O ozônio foi acumulado durante o inverno marciano, e aparece representado em tons de magenta. Com a chegada da primavera no hemisfério norte, o ozônio é destruído devido a reações químicas com o vapor d’água.

Fonte: NASA

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