Uma nova foto do telescópio Hubble mostra os efeitos de uma lente gravitacional, formada por um grande aglomerado de galáxias na constelação Cetus, a Baleia. Na imagem, as galáxias próximas do aglomerado SPT-CL J0019-2026 são do tipo espiral e elíptica, mas têm aparência distorcida em arcos brilhantes, como se tivessem sido observadas por uma grande lente de aumento.
A observação é resultado de um projeto em andamento, realizado para preencher pequenas lacunas na programação de observações do Hubble por meio de análises de alguns dos aglomerados galácticos mais massivos. A ideia é identificar objetos de interesse para estudos futuros tanto do Hubble quanto do telescópio James Webb.
O aglomerado em questão fica a 4,6 bilhões de anos-luz da Terra, e é tão massivo que causou a distorção que você viu na foto acima. Este efeito é conhecido como “lente gravitacional”, e ocorre quando um objeto massivo (como um aglomerado de galáxias) tem gravidade suficiente para distorcer e ampliar a luz vinda de objetos ao fundo.
A vantagem das lentes gravitacionais é que elas ampliam a luz de objetos que estariam longe demais para observações, ou que não emitem luz suficiente para serem estudados. Assim, é como se elas “ampliassem” o campo de visão do telescópio Hubble, permitindo que enxergue ainda mais longe no espaço.
A cada ano, astrônomos enviam propostas de alvos para observação com o telescópio Hubble. Após selecionar aquelas com maior potencial científico, leva tempo para programar observações de todos os alvos de interesse ao longo do ano. Mesmo assim, pode acontecer de sobrar tempo livre no cronograma do telescópio, o que permite a exploração de objetos como o aglomerado de galáxias da foto acima.
Fonte: ESA