Argentina x Holanda: Com muita história em jogo, hermanos vencem no duelo financeiro

Lionel Messi é um dos fatores que ajudam a atrair a atenção de marcas globais para a Argentina – Reprodução / Twitter (@FIFAWorldCup)

O duelo Argentina x Holanda, segundo jogo das quartas de final da Copa do Mundo 2022, que será realizado nesta sexta-feira (9), às 16h, representa um dos grandes confrontos do futebol mundial. As duas seleções já tiveram a oportunidade de se encarar cinco vezes na competição, com os hermanos levando vantagem em duas ocasiões (na final de 1978 e na semifinal de 2014), sendo superados também duas vezes (na chamada segunda fase de 1974 e nas quartas de final de 1998) e ainda com um empate por 0 a 0 na fase de grupos de 2006.  

Se dentro dos gramados a disputa é historicamente equilibrada, a questão financeira fora das quatro linhas segue atualmente o mesmo caminho. As duas equipes demonstram desempenhos bem próximos, embora os argentinos levem ligeira vantagem.  

Escondendo o “jogo”

Nem todos os números relativos aos contratos de patrocínio firmados pelas duas seleções são de conhecimento público. É o caso, por exemplo, do contrato da Adidas com a Argentina, que já dura décadas, mas cujos valores não são divulgados.  

Alguns dados, no entanto, ajudam a dar uma ideia da dimensão desse negócio, como o recente acordo fechado pela empresa alemã com o River Plate, time que tem a segunda maior torcida do país sul-americano, com cifras que giram em torno de US$ 10 milhões. A Adidas também tem contrato com o maior rival dos Millonarios, o Boca Juniors, fato que demonstra a relevância do mercado argentino para a marca esportiva.  

A quantia que a Adidas pagará anualmente ao clube de Buenos Aires é apenas US$ 6 milhões menor do que a quantia desembolsada pela Nike à Holanda pelo contrato de fornecimento de material esportivo. A empresa norte-americana é parceira da Laranja Mecânica desde 1996.

Argentinos têm mais patrocinadores

Outro valor que não é divulgado é o contrato de patrocínio máster do ING Group à seleção holandesa. Além da instituição financeira, o time dirigido por Louis van Gaal conta com parcerias com marcas como Dutch Lottery, Albert Heijn, Bitvavo, KPN, ARAG, Coca-Cola, Engie, DHL, Heineken, Sligro Hotels, Unilever e Volkswagen, que, somados à Nike, totalizam 14 contratos.  

Já a Argentina viajou ao Catar contando com 24 parcerias. A principal delas é com a Binance, considerada a maior da história do futebol do país, fechada por US$ 40 milhões ao ano e que prevê o desenvolvimento do fan token da seleção azul e branca.  

Além desse patrocínio e do casamento duradouro com a Adidas, a Argentina conta com parcerias com Coca-Cola, Sancor Seguros, YPF, Toro, Schneider, Naldo, Bet Warrior, BC.Game, Zanella, McDonald’s, PedidosYa, PrimeFin, Kavak, Aerolineas Argentinas, Smiles, W88, Hype Drinks, Duelbits, CottiCoffee, Socios.com, BonAqua e Gillette.   

Nas redes, Argentina massacra

Em um duelo até que equilibrado, existe uma área em que os argentinos impõem um verdadeiro massacre sobre o adversário das quartas de final no Catar. Nas redes sociais, a “albiceleste” soma 17,6 milhões de seguidores, contra apenas 3,3 milhões da Holanda.  

Em tempos de Mundial, o desempenho no mundo virtual tende a favorecer ainda mais as marcas que apostaram na Argentina, já que os hermanos têm em seu elenco uma das maiores estrelas do futebol do planeta.  

Sozinho, Messi tem uma base de 385 milhões de fãs no Instagram, número que supera a população dos Estados Unidos, por exemplo, e vídeos de parcerias pagas que ultrapassam 24 milhões de visualizações. Em contrapartida, os principais astros da Holanda ficam muito longe disso. O atacante Memphis Depay possui 16 milhões de seguidores na mesma rede social, enquanto o zagueiro Virgil van Dijk conta com quase 13 milhões e o meio-campista Frenkie de Jong acumula quase 11 milhões.   

Vale destacar, contudo, que o humor do mundo virtual costuma ser muito volúvel. O resultado desta quarta de final pode ampliar ainda mais essa vantagem dos argentinos na cancha, nas redes e nos cifrões. Mas, quem sabe, também pode marcar o início de uma virada irreversível a favor dos holandeses.

Fonte: Máquina do Esporte

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