SUS incorpora tecnologia avançada para combate ao câncer de pele

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão trazendo uma verdadeira mudança de jogo no combate ao câncer de pele, a forma mais prevalente deste mal no Brasil. Eles criaram uma abordagem chamada terapia fotodinâmica.

Ela utiliza uma pomada única e uma luz especial para destruir células cancerígenas, tudo sem precisar de um bisturi. Além de ser um tratamento rápido e sem dor, a boa notícia é que ele foi autorizado para uso pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de julho deste ano.

A terapia fotodinâmica já mudou a vida de mais de 5.000 pessoas em nosso país. Um exemplo notável é Helena Pontieri Morales, uma dona de casa que encontrou uma lesão cancerosa em seu nariz. Ela se submeteu ao tratamento gratuitamente no Hospital Amaral Carvalho em Jaú, interior de São Paulo, um dos 70 centros de pesquisa que empregam essa inovação.

Depois que a pomada foi absorvida por sua pele, ela participou de duas sessões de 20 minutos, onde uma luz vermelha foi projetada sobre a área comprometida. O resultado foi um sucesso. “Sentiu só um pouquinho de ardência, e foi isso”, relata Helena sobre sua experiência.

O equipamento é composto por um dispositivo capaz de promover uma melhor discriminação visual do câncer de pele.Fonte:  CEPOF 

O câncer de pele é predominantemente o mais comum entre os brasileiros, respondendo por aproximadamente 30% de todos os casos registrados no país. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), espera-se que cerca de 176 mil novos casos sejam diagnosticados anualmente. A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco e atinge principalmente indivíduos acima de 40 anos, de pele clara e com histórico familiar da doença.

Historicamente, a solução padrão para esse tipo de câncer era a cirurgia, que pode resultar em cicatrizes e outras complicações. Agora, a terapia fotodinâmica aparece como uma opção mais eficiente e menos agressiva, mantendo a aparência e a qualidade de vida do paciente intactas.

A técnica envolve a aplicação de uma pomada contendo ácido aminolevulínico na lesão, que fica atuando por cerca de três horas. Em seguida, uma luz vermelha é projetada, o que ativa o medicamento e provoca a destruição das células cancerígenas.

“Em relação à cirurgia, a terapia fotodinâmica traz uma série de benefícios. Ela é mais rápida, custa menos, é mais agradável e proporciona resultados estéticos superiores. Além disso, tem um efeito positivo no sistema imunológico, ajudando a prevenir futuras lesões”, diz o pesquisador Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos, da USP.

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