Satélite bizarro de madeira será lançado pelo Japão em 2024

Os satélites são geralmente produzidos a partir de ligas metálicas super resistentes, mas uma equipe de pesquisadores do Japão está com uma ideia maluca: produzir satélites de madeira

Apesar de parecer estranho, a ideia não é completamente nova. Testes realizados na Estação Espacial Internacional expuseram diferentes tipos de madeira ao vácuo do espaço e os resultados foram promissores, de acordo com a Universidade Kyoto, no Japão.

Apesar do ambiente extremo do espaço sideral envolvendo mudanças significativas de temperatura e exposição a intensos raios cósmicos e partículas solares perigosas por dez meses, os testes confirmaram que não há decomposição ou deformações, como rachaduras, deformações, descamação ou danos à superfície.

Pesquisadores da Universidade de Kyoto em comunicado

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Os testes com madeira na Estação Espacial foram uma investigação preliminar do que acontecerá nos próximos meses. A Universidade de Kyoto projetou um satélite de madeira que será lançado pela NASA e pela Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) em 2024, numa parceria conhecida como LignoSat.

O LignoSat Space Wood Project iniciou em abril de 2020, em colaboração entre a Universidade Kyoto e a Sumitomo Forestry, com o objetivo de testar a capacidade da madeira para suportar condições simuladas de baixa órbita terrestre.

Realizado em 2022, os testes consistiram em um pequeno painel com três amostras de diferentes madeiras que ficou exposto no espaço por cerca de 10 meses. As amostras foram enviadas de volta para Terra em janeiro de 2023, onde passaram por uma série de análises.

Dentre as madeiras testadas a escolhida para a construção do satélite foi a da árvore magnólia, que de acordo com comunicado possui “trabalhabilidade relativamente alta, estabilidade dimensional e resistência geral”.

Benefícios dos satélites de madeira

Caso os satélites de madeira se tornem uma alternativa viável, seu uso possui uma série de vantagens em relação às ligas metálicas atualmente utilizadas. Ele é mais ecológico, barato, fácil de produzir e também de descartar. 

Ao fim da vida útil deles, quando forem retirados de órbita os satélites de madeira se queimarão completamente durante a reentrada na atmosfera, e mesmo que o menor dos pedaços conseguisse sobreviver, seria completamente decomposto em qualquer lugar que pousasse, diferente do que acontece com os satélites convencionais.

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Fonte: Olhar Digital

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