‘Querem desarmar o cidadão’, diz Catan ao justificar tiro durante votação em MS

Com fim do prazo para se manifestar a respeito da salva de tiros dada durante sessão parlamentar, em um estande, em comemoração de aprovação de projeto de lei, João Henrique Catan (PL) usou a tribuna nesta quarta-feira (25) e afirmou que a representação protocolada contra ele na Corregedoria da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) é para desarmar o cidadão.

Catan usou os 15 minutos disponíveis no grande expediente e antes de se justificar, contou a história do primeiro ouro olímpico conquistado pelo Brasil, nos Estados Unidos, em 1920, na modalidade tiro de revólver.

João Henrique demonstrou salva de tiros

Ele disse que a comemoração na época, foi com uma salva de tiros e ainda reproduziu o som dos tiros: tá, tá, tá, tá, fez com as mãos imitando uma arma e direcionadas para cima.

João Henrique falou ainda sobre o tiro desportivo. “Esporte que eu amo, pratico e aprendi a respeitar. Esporte que está sendo usado numa manifestação taxada de ser violenta”.

Ainda segundo o parlamentar, ele não aceita este tipo de representação. “Ela tem e merece ser arquivada, ela tem intenção de desarmar o cidadão de polarizar. O que eu fiz não tem nada de violento, pois se trata de um esporte que trouxe a primeira medalha de ouro olímpico para o Brasil”.

Por fim, o deputado disse que o tiro desportivo é esporte regulamentado, está na Constituição brasileira e faz parte da história. “Assim como futebol, basquetebol, handebol e todos os outros esportes olímpicos”.

Entenda

Catan atirou remotamente durante a votação de um projeto sobre armamento, na sessão de 17 de maio, na Alems. Em um lugar que parece ser um clube, o deputado atirou quando disse sim ao projeto. Ao invés de uma salva de palmas, ele disse ‘uma salva de tiros’, fazendo vários disparos logo em seguida.

Denúncia na Corregedoria

A denúncia foi protocolada na Corregedoria da Alems por três deputados estaduais, contra João Henrique. Assinaram o pedido os deputados Amarildo Cruz (PT), Paulo Duarte (PSB) e Pedro Kemp (PT).

Questionado sobre a denúncia, Catan afirmou que será uma honra discutir com o PT e que as acusações protocoladas são levianas, mas que vai aguardar a notificação para se pronunciar formalmente.

“Para mim é uma honra poder discutir com o PT, mais uma vez desmascará-los e também protocolando uma representação de verdadeiras infrações éticas que aconteceram. Acusações levianas só merecem ser enfrentadas com a verdade. Só não vou me manifestar mais especificamente agora porque ainda não fui notificado”, falou o deputado.

Contra-ataque

Em um contra-ataque, João Henrique entrou com uma representação contra Pedro Kemp, com pedido para que ele seja investigado na Casa de Leis, por conduta inadequada, por ter agredido verbalmente a então candidata a vereadora do PT, Karla Cânepa, em 2020.

A agressão verbal foi gravada em vídeo na época e divulgada nas redes sociais. Kemp, na época, era candidato a prefeito de Campo Grande. Um ano depois, ele pediu desculpas publicamente com nota de retratação.

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