O céu não é o limite! | Buraco solar, alinhamento de planetas, matéria escura e+

Buracos negros, Sol, matéria escura, Vênus e Lua. Os assuntos astronômicos que se destacaram nesta semana são bastante variados e incluem descobertas que ajudarão a solucionar alguns dos maiores mistérios da ciência atual.

Confira abaixo o resumo das principais notícias espaciais dos últimos dias:

Um buraco 20 vezes maior que a Terra no Sol

O enorme buraco coronal ficou visível graças à rotação do Sol (Imagem: Reprodução/NASA/Solar Dynamics Observatory)

Provavelmente veremos muito os dizeres “o Sol se aproxima do máximo solar que ocorrerá em 2025” de agora em diante. É que, até essa data, a atividade de nossa estrela aumentará gradualmente e veremos muitas coisas incríveis acontecendo por lá. Até porque agora contamos com mais instrumentos do que em outros ciclos solares, que têm duração de 11 anos cada.


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Agora, um enorme buraco coronal apareceu no Sol, com 18 a 20 vezes o tamanho da Terra e liberando partículas eletricamente carregadas em nossa direção. Mas não precisamos nos preocupar, pois, até agora, nosso campo magnético nos protegeu de todos os eventos intensos do astro.

O alinhamento de cinco planetas no céu

 

Habitantes do hemisfério Norte puderam conferir um alinhamento especial de cinco planetas: Mercúrio, Júpiter, Vênus, Marte e Urano. No Brasil, o evento aconteceu durante o dia, então não tivemos a oportunidade de apreciar.

De qualquer forma, o projeto The Virtual Telescope fez a transmissão online ao vivo do alinhamento, e você pode conferir no vídeo acima.

Matéria escura ao redor de um buraco negro

Ilustração de buraco negro cercado por nuvem de gás e poeira (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)

Pela primeira vez, cientistas detectaram a presença de matéria escura ao redor de um buraco negro. Pois é, cada vez mais objetos invisíveis no universo podem ser encontrados, agora juntos.

Os astrônomos observaram estrelas orbitando uma dupla de buracos negros e notaram que a velocidade delas diminuía inesperadamente cerca de 1 milissegundo por ano, devido à presença da matéria escura exercendo sua gravidade sobre os objetos.

O “tsunami” nas nuvens de Vênus

Eventos em Vênus observados em 2022 (Imagem: Reprodução/Astronomy & Astrophysics (2023)

Cientistas observaram Vênus por mais de 100 dias e realizaram o primeiro estudo sobre a evolução da descontinuidade das nuvens de lá, um tipo de “tsunami” atmosférico que se espalha pelas nuvens mais profundas do planeta. Porém, eles o observaram se propagando em altitudes mais elevadas, nunca vistas antes, em até 70km de altitude.

As imagens mostraram que a descontinuidade se propagou para as nuvens superiores do planeta devido à velocidade dos ventos, que pode aumentar no topo das nuvens. Com isso, a descontinuidade tenta se propagar mais acima e acaba se dissipando.

Os hipotéticos e curiosos planetas de matéria escura

Ilustração de um planeta ao redor de sua estrela (Imagem: Reprodução/ESO)

Se a matéria escura existir na forma de “bolhas”, como alguns cientistas cogitam, é possível que elas possam ser detectadas ao passarem na frente de uma estrela. A ideia é estranha, mas um novo estudo trata exatamente das possibilidades de encontrar esses objetos.

Claro, a matéria escura não pode ser vista por nenhum tipo de telescópio, mas há algumas técnicas que poderiam ser usadas para essa detecção. Essas técnicas consistem em observar o movimento e brilho de uma determinada estrela — exatamente o que astrônomos fazem para encontrar exoplanetas.

Até mesmo um planeta de matéria escura pode provocar ligeiros deslocamentos em sua estrela à medida que gira em torno dela. A curva de luz da estrela também poderia mudar um pouquinho quando a bolha escura passar na frente dela.

Mapeando 85 mil vulcões em Vênus

Esse mapa não lhe mostrará como chegar ao seu destino durante as férias, mas revela a posição de 85 mil vulcões em Vênus. Ele foi produzido usando dados da missão Magellan, da NASA, e inclui os vulcões de até 5 quilômetros de diâmetro.

Embora também existam vulcões com diâmetro entre 20 e 100 km, os menores (de 5 km) representam 99% dos dados já obtidos sobre essas estruturas geológicas.

Foto da Lua tirada por lander japonês

A foto acima foi registrada pelo lander Hakuto-R, da japonesa ispace, após uma manobra de inserção na órbita lunar. A missão foi lançada em dezembro de 2022 e tentará pousar na superfície da Lua em abril, levando consigo o rover Rashid, dos Emirados Árabes Unidos. Até lá, devemos ver mais fotos da Lua tiradas pelo módulo de pouso do Japão.

Leia a matéria no Canaltech.

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