MP do Trabalho pede que ex-presidente da Caixa pague R$ 30,5 milhões por assédio

MPT apurou as acusações de assédio moral e sexual feitas contra o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães.
MPT apurou as acusações de assédio moral e sexual feitas contra o ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu à Justiça nesta quinta-feira (29) que condene o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães a pagar R$ 30,5 milhões pelos danos causados às funcionárias do banco que o acusam de assédio moral e sexual. O MPT solicitou que o valor seja destinado a um fundo de proteção dos direitos dos trabalhadores, informou o portal g1.

Em junho, após reportagem do Metrópoles, as denúncias contra Guimarães se tornaram públicas. O MP do Trabalho também pediu que os integrantes do Conselho de Administração da Caixa à época sejam condenados a pagar R$ 3 milhões pela “omissão de cada um em fiscalizar os atos” de Guimarães.

A ação civil pública apresentada pelos procuradores aponta que a primeira denúncia de assédio sexual contra o ex-presidente da Caixa aconteceu em julho de de 2019. Para o MPT, o banco não tomou qualquer medida para apurar as denúncias. Por isso, os procuradores sugeriram a condenação da Caixa Econômica Federal em R$ 305 milhões pela suposta omissão na investigação.

Em nota, a Caixa ressaltou que não tolera nenhum tipo de “desvio de conduta” por parte de seus dirigentes e funcionários. Confira a íntegra da nota encaminhada à Gazeta do Povo pela Caixa Econômica Federal:

“A Caixa Econômica Federal e seu Conselho de Administração reiteram que não toleram nenhum tipo de desvio de conduta por parte dos seus dirigentes ou empregados e que, desde que tomaram conhecimento das acusações, adotaram todas as providências necessárias para investigar as denúncias, proteger os denunciantes, os empregados do banco e a própria Instituição.

Cabe destacar que, ainda em 30 de junho, foi determinada a contratação de uma auditoria externa e, em seguida, constituído um comitê independente, para a investigação de todas as denúncias. Em complemento, a CAIXA vinculou a sua Corregedoria diretamente ao Conselho de Administração, dando-lhe maior independência.

Além disso, o canal de denúncias, operado com garantia de sigilo, foi reforçado com profissionais especializados no acolhimento às possíveis vítimas. Dessa forma, a CAIXA e seu Conselho reafirmam o propósito de defender a Instituição e seus empregados de qualquer forma de assédio”, diz o comunicado.



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