Mansão é fuzilada e carros são incendiados em noite de terror na fronteira

Suspeita inicial é de que o imóvel crivado de tiros é do narcotraficante Ederson Salinas Benitez, o Riguaçu

Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, foi palco de mais um episódio cinematográfico da guerras de facções que disputam o poder na região. Uma residência de alto padrão no Bairro Virgem de Caacupé, que supostamente pertence ao narcotraficante Ederson Salinas Benitez, o Salinas Riguaçu, foi crivada de disparos de fuzil, na noite desta quinta-feira (24).

Policiais diante da residência. (Foto: Direto das Ruas)

Informações extraoficiais, são de que o criminoso teria descoberto que seria alvo de um ataque e fugiu do local antes da chegada dos atiradores. Outra hipótese é de que tenha havido um confronto entre grupos rivais e até que havia um casal no local.

Os relatos ainda são desencontradas, mas o fato é que centenas de cápsulas de calibres de fuzil 556 e 762, além de pistola 9 milímetros, ficaram espalhadas pela mansão, bem como cacos de vidro e outros móveis destruídos. Caia um temporal por Pedro Juan no momento do tiroteio, que durou cerca de 10 minutos e aterrorizou os moradores.

Marcas de disparos ficaram por toda a fachada da residência, em uma caminhonete Hilux e nos vidros blindados na parte superior do sobrado.  Quando a polícia chegou no local, os criminosos já haviam fugido. Pouco tempo depois dois veículos também foram incinerados em uma das saídas da cidade. Ainda não há confirmação de feridos e nem mesmo presos após o tiroteio.

Riguaçu – Apontado como sucessor do narcotraficante brasileiro Sérgio de Arruda Quintiliano Netto, o Minotauro, o paraguaio Ederson Salinas Benítez, chegou a ser preso no dia 19 de janeiro de 2020 por policiais do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestro), em Ponta Porã, durante briga de trânsito. Ele estava  armado com pistola calibre 380. Menos de dois meses depois, no entanto, habeas corpus o colocou em liberdade sob a condição de que ele comparecesse mensalmente em juízo.

Fora da prisão, continuou mantendo o status de traficante poderoso. Sobre ele, recai a fama de ser um dos chefões do tráfico de drogas da região de fronteira e a suspeita de ser o mandante da execução do jornalista Lorenço Veras, em 2020.

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