Emprego uniu turma que há 25 anos não se desgruda nem para viajar

Enquanto muitos não suportam os colegas de equipe, esse grupo se adora e mantém contato com frequência

Lembrança de uma das viagens realizadas pelo grupo. (Foto: Arquivo pessoal)

A frase “Quem tem um amigo tem tudo” do cantor Emicida resume um pouco a essência da amizade de um grupo que começou com 18 pessoas. Amigos há 25 anos, eles se conheceram no trabalho, alguns seguiram rumos distintos, porém nunca perderam o contato ou romperam os laços de afeto. Devido a relação que dura há mais de duas décadas, o grupo cresceu, pois maridos, esposas e filhos também se tornaram parte do time.

Na noite de sexta-feira (27 ), eles estiveram reunidos para o primeiro encontro após a pandemia. A reunião da turma ocorreu na noite de sexta-feira (27), no Quintal do Sobá, que neste mês teve sua trajetória contada no Lado B.

Tudo começou em 1997, no prédio Dolor de Andrade, onde funcionava a Telems Celular. A empresa passou por diversas mudanças, sendo um deles a privatização, porém nada abalou a amizade do pessoal.  Em enquete realizada neste sábado (28), o Lado B perguntou se é possível fazer amigos verdadeiros no trabalho. Maioria, 73% dos leitores disseram acreditar que sim, seguindo o exemplo dos ex-funcionários da Telems.

Amizade começou em 1997 na empresa de telefonia. (Foto: Arquivo pessoal)
Amizade começou em 1997 na empresa de telefonia. (Foto: Arquivo pessoal)

Fabiana Marla Shimabukuro Cherubim, de 41 anos, é uma das pessoas que participam do encontro. A empresária fala sobre a relação de amizade e o motivo de estarem unidos até hoje. “A gente tem essa ligação e, independente de uns terem saído e outros terem continuado na empresa, a amizade foi tão forte que a gente conseguiu manter isso”, destaca.

Além de ganhar amigos para a vida toda, a proprietária da sobaria conta que foi na empresa que conheceu o marido. “Eu conheci meu marido lá, ele era meu colega na empresa e também está aqui hoje ajudando na cozinha. A gente está junto até hoje e temos até um filho”, diz.

A responsável por organizar as reuniões da galera é Vaneza Giacomeli. Ela relata que os anos fizeram certos amigos mudarem de emprego, cidade e rotina. Mesmo assim, eles nunca perderam contato. “Com o tempo fomos seguindo outros caminhos, mas nunca deixando de falar um com o outro. São 25 anos de amizade, de companheirismo, de momentos bons e alguns ruins, mas nunca deixamos o desânimo nos abalar”, conta.

Vaneza fala sobre o companherismo que os amigos mantém. (Foto: Paulo Francis)
Vaneza fala sobre o companherismo que os amigos mantém. (Foto: Paulo Francis)

Ano passado, segundo Vaneza, um dos membros do grupo faleceu em decorrência da covid-19. Ela fala sobre a saudade e agradece aos amigos que continuam presentes, seja os que moram na cidade ou fora dela. “Hoje só temos que agradecer aos amigos que aqui estão, aos que não puderam estar presente, aos que partiram deixando saudades e aos que chegaram depois. A todos a nossa eterna gratidão, respeito e carinho”, ressalta.

Gerente geral da empresa em 1997, Luis Manoel da Silva Junior expõe que a turma construiu uma história bonita e duradoura. “A grandiosidade de tudo que fizemos está vivo dentro de nós até hoje. Então, nada mais justo do que nos reunirmos, comemorarmos e agradecermos a Deus por estarmos aqui mais uma vez. Vamos manter essa chama e continuar juntos sempre nos ajudando”, afirma.

Renata Ovelar era estagiária de atendimento ao cliente quando começou a trabalhar no local. “Passei por vários setores, suporte ao cliente, arrecadação, cobrança e contabilidade”, explica. Ela diz que o grupo compartilhava e vivenciava diversas coisas em equipe. “Viajávamos juntos, fazíamos festas, construímos amigos dentro da empresa, casamos e tivemos filhos. Dividimos experiências pessoais e profissionais”, fala.

Turma reunida no 1º encontro após a pandemia na noite de sexta-feira. (Foto: Paulo Francis)
Turma reunida no 1º encontro após a pandemia na noite de sexta-feira. (Foto: Paulo Francis)

Ela garante que o pessoal nunca precisou se esforçar para manter a união e que as famílias de cada um passaram a participar das reuniões. “Nós nunca precisamos fazer um esforço para manter o grupo, sempre foi algo muito natural. Depois que as pessoas foram saindo da empresa, a gente continuou se falando, acompanhando a vida de cada um e trazendo as famílias para o encontro. Então gerou esse laço mesmo”, conclui.

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