Um novo estudo com dados do telescópio Hubble revelou detalhes sobre estrelas errantes, aquelas que vagam pelo espaço entre aglomerados de galáxias sem pertencer a nenhuma delas. As descobertas podem ajudar os astrônomos a rastrear a matéria escura do universo.
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A pesquisa estudou 10 aglomerados galácticos, a distâncias de até 10 bilhões de anos-luz, e revelou que a proporção de luz das estrelas errantes é constante em comparação com a luz total dos aglomerados.
Isso significa que o brilho essas estrelas intergalácticas não estão aumentando mais que o brilho dos próprios aglomerados, então elas não foram ejetadas recentemente de suas galáxias originais.
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Se a luz intergaláctica fosse formada por estrelas ejetadas mais recentemente por interações gravitacionais que ocorrem dentro das galáxias, os astrônomos teriam visto uma fração de luz no espaço entre os aglomerados aumentar ao longo do tempo em comparação com a luz dos próprios aglomerados.
Segundo os autores da pesquisa, as teorias atuais não podem explicar esses resultados, ou seja, a existência de estrelas errantes ainda é um mistério. “Mas de alguma forma elas foram produzidas em abundância no início do universo”, disse James Jee, astrônomo da Universidade Yonsei na Coréia do Sul e co-autor do estudo.
Jee especula que, talvez, as estrelas “vazaram” nos primeiros anos de formação das galáxias, quando estas ainda eram muito pequenas e de pouco poder gravitacional. Por isso, espera-se que, ao descobrir a origem das estrelas errantes, os cientistas também possam entender melhor como os aglomerados de galáxias se formaram universo.
Por fim, as estrelas errantes podem ajudar fornecendo pistas sobre a matéria escura, o material invisível que não interage com os outros tipos de matéria senão por meio da gravidade. Isso porque tais estrelas podem indicar como a matéria escura está distribuída no universo.
A pesquisa foi publicada na Nature.
Leia a matéria no Canaltech.
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