Além do recolhimento de quase meia tonelada de produtos impróprios para consumo apreendidos no mercado do Bosque Santa Mônica, em Campo Grande, na manhã de quinta-feira (4) foi determinada que a empresa cumpra dentro de 30 dias várias adequações.
O proprietário do comércio, de 41 anos, preso em flagrante, já havia sido orientado sobre a documentação no ano passado pela Vigilância Sanitária.
Ele afirmou que não tinha autorização para produzir linguiça e fracionamento de frios. Confessou também que o alvará sanitário está vencido e que não havia responsável técnico veterinário no local.
Os policiais da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) junto a fiscais da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do MS) e Procon (Agência de Proteção e Defesa dos Direitos dos Consumidores) chegaram até o estabelecimento após denúncias de carne de cor esverdeada, sem data de validade, mau cheiro, moscas e sem selos de inspeção no local, onde constataram os fatos.
Além da clara falta de higiene, havia produtos vencidos, outros sem especificação de data de validade, carne com moscas, outras esverdeadas, e produtos armazenados incorretamente. Segundo a fiscalização, carnes que eram para estar armazenadas a -18°C foram encontradas em 23°C.
Apesar de confirmar a situação, foi orientado pelo advogado a permanecer em silêncio durante interrogatório na delegacia.
Ele foi liberado na audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (5) após pagar fiança de R$ 3,9 mil arbitrada pelo juiz.
Ele ainda tem 30 dias para se regularizar, entre as adequações estão, na área de atendimento as linguiças fabricadas expostas à venda devem estar identificadas com data de fabricação e validade. Manter limpeza dos equipamentos de refrigeração sempre separando alimentos de produto vegetal dos de origem animal. Proteger fiações, repor tampa de ralo para evitar acesso de vetores, lixeiras acionadas por pedal, entre outros.
Fonte: Midiamax