Tuvalu, um conjunto de ilhas localizado no sul da Oceania, pode ser o primeiro o primeiro país a existir no metaverso, um espaço virtual imersivo que tenta simular a realidade. O plano de recriar a nação em um ambiente digital foi a resposta encontrada pelo povo de Tuvalu para não ser esquecido, diante das circunstâncias adversas. O ponto mais alto do país se encontra a cinco metros acima do nível do mar, e o local pode ser “engolido” pela água. A nação conta com cerca de 12 mil habitantes e o Governo já fechou um acordo com a Austrália para receber os refugiados climáticos, caso seja necessário.
A ideia de reconstruir Tuvalu no metaverso foi anunciada pelo ministro da Justiça, Comunicação e Relações Exteriores do país, Simon Kofe, durante a 27ª edição da Conferência do Clima (COP 27). O plano consiste em construir um “gêmeo digital” do país e preservar o território, a cultura e a soberania de forma virtual. Ele seria colocado em prática caso “pior cenário” venha a ser concretizado no futuro.
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“A tragédia desse resultado não pode ser exagerada […] Tuvalu poderá ser o primeiro país do mundo a existir exclusivamente no ciberespaço – mas se o aquecimento global continuar sem controle, não será o último” afirma Simon Kofe em seu discurso.
O ministro acredita que o metaverso é capaz de reconstruir as belezas naturais do país. Além disso, será possível deixar sua cultura viva, uma vez que o povo de Tuvalu poderá interagir uns com os outros de diversas formas e, assim, preservar a sua língua e costumes independente de onde estejam. Por fim, caso Tuvalu perca suas terras, uma forma encontrada pelo governo de manter a soberania do país seria ter o controle de seu território digitalmente.
É possível criar um país no metaverso?
Já existem tecnologias capazes de recriar geograficamente territórios com um espaço interativo totalmente virtual. O “gêmeo digital” é criado a partir de uma inteligência geoespacial, que consiste na interação de dados e mapas para simular um espaço com ajuda de satélites, sensores móveis e imagens aéreas.
Apesar do metaverso ser um mundo 3D com realidade aumentada e capacidade de imersão, a mensagem passada por Tuvalu está longe ser uma solução para os problemas do país causados pelas mudanças climáticas. Vale lembrar que o metaverso precisa de infraestrutura física de servidores e outras tecnologias, como data centers e roteadores de rede. Esses dispositivos exigem energia e manutenção física para seu funcionamento.
O ministro de Tuvalu pede urgência nos esforços para redução dos impactos das mudanças climáticas por meio de iniciativas que tragam efeitos positivos para o mundo, como um tratado de não proliferação de combustíveis fósseis. No entanto, Kofe teme que a falta de comprometimento para combater as consequências causadas pelas alterações do clima pode fazer com que mais nações passem pelo mesmo que seu povo.
Com informações de Weforum e The Conversation
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