Deam alerta mulheres que utilizam transporte por aplicativo

Confirmar dados do carro e do motorista, sentar atrás do condutor, compartilhar viagem, entre outras dicas

Entre as dicas de segurança para utilizar transporte por aplicativo está a confirmação do veículo e motorista. (Foto; Kisie Ainoã)

Diante dos casos de abusos de mulheres em veículos de motoristas por aplicativo, a Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) aproveitou a coletiva de imprensa nesta manhã (14) para dar dicas de segurança, principalmente às mulheres, já que a maioria dos condutores são homens, que utilizam os aplicativos como meio de transporte.

Entre as orientações, a delegada Ana Luiz Noriler afirmou que é preciso confirmar as descrições do veículo, verificar se é a mesma placa e perguntar “Quem é você?”. “Não se deve chegar dizendo o nome do motorista. Tem que confirmar se se trata do mesmo que mostra no aplicativo”, explicou.

Ainda segundo a delegada, já dentro do veículo o alerta é para que a passageira sente atrás do motorista e que se possível, sempre compartilhe a corrida com algum familiar. É importante também não passar informações da sua vida pessoal e caso perceber algo de errado ligar 190 da Polícia Militar e tentar sair do veículo na primeira oportunidade. “As vítimas que passam por isso devem procurar a delegacia, fazer a denúncia pelo 180 porque é muito importante denunciar”, disse.

Noriler deu exemplo do caso do motorista de aplicativo Adriano da Silva Vieira, de 38 anos, preso por abusar de três passageiras em Campo Grande. “Uma testemunha, que também é motorista de aplicativo, informou que essa história do Adriano já estava rolando no grupo de whats deles. Isso quer dizer que qualquer pessoa pode procurar a polícia para relatar esses casos”, afirmou a delegada.

Adrinao foi preso na semana passada após abusar de três passageiras dentro do veículo. (Foto: Henrique Kawaminami)
Adrinao foi preso na semana passada após abusar de três passageiras dentro do veículo. (Foto: Henrique Kawaminami)

Entenda o caso – O motorista de aplicativo Adriano da Silva Vieira foi preso no dia 9 de junho, depois que tentou estuprar uma jovem na madrugada de domingo (6). A mulher pediu uma corrida na rodoviária da Capital, por volta das 4h30. A menina de 28 anos foi atacada, mas conseguiu fugir pela janela do carro.

Diante dos fatos, as diligências policiais levaram as autoridades a outra vítima de 27 anos, além da mulher de 54 que sofreu abuso quando ele rodava pela 99 Pop, somando até agora, três vítimas.

Mais um – Segundo a delegada, outro motorista de aplicativo é investigado pela Deam por abuso contra passageiras. “A gente ressalta que todo o caso deve ser informado à polícia. Se a vítima não puder vir a delegacia, entre em contato com o 180 (Central de Atendimento à Mulher). É importante denunciar”, alerta.

Confessou os abusos – Em primeiro momento Adriano negou os fatos, no entanto, acabou confessando os abusos e alegou “problemas em relação à vida sexual”, para justificar os crimes. “Queria se satisfazer com as passageiras”, ponderou Noriler.

Sobre uma das empresas, que foi avisada pela vítima sobre a tentativa de estupro, a delegada afirmou que encaminhou ofício fazendo questionamentos. Em resposta, a empresa afirmou que teve conhecimento, pediu para que a vítima procurasse a polícia e que iria punir Adriano administrativamente.

Adriano pensava nos mínimos detalhes – Para praticar os abusos, Adriano tinha um modo de operar para levantar pouca desconfiança nas passageiras. “Chegava na casa da vítima, ele cancelava a corrida. A passageira ficava meio desconfiada, mas aceitava porque queria chegar logo ao destino”, revela Noriler.

No trajeto, Adriano puxava conversa, tudo para saber sobre mais detalhes da vida da vítima. Depois, pedia para abastecer. “Perguntava se havia algum problema em abastecer e a passageira dizia que não. Então, procurava caminhos ermos, chegava a parar e por duas vezes usou pasta base. Ele passava para o banco de trás, se masturbava e mandava masturbar ele”.

Adriano não era violento, mas de acordo com a delegada, fazia ameaças.

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