De Tirar o Fôlego: conheça a história real do documentário da Netflix
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De Tirar o Fôlego, novo documentário da Netflix, chega em alta na plataforma com uma história de fazer jus ao nome. Dirigido e roteirizado por Laura McGann (The 8th), a obra mostra a obstinação do mergulhador de resgate Stephen Keenan e da nadadora Alessia Zecchini em superar o recorde mundial de mergulho livre, modalidade onde o atleta nada apenas com o ar contido nos pulmões.
O título foi produzido pelas companhias A24, Motive Films, Ventureland e Raw, sendo a Netflix responsável pela distribuição. Antes de chegar ao catálogo do streaming, De Tirar o Fôlego foi exibido no Festival de Sundance em janeiro de 2023. Para quem ficou curioso com a história por trás da obra, veja mais informações sobre, como repercussão e trailer.
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De Tirar o Fôlego (2023): Por conta do alto risco, o mergulho livre em águas profundas é considerado um dos esportes radicais mais letais que existe; saiba a história do documentário — Foto: Divulgação/Netflix
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Enredo de De Tirar o Fôlego
O documentário conversa com atletas e especialistas de mergulho livre para apresentar ao espectador o quão perigoso a modalidade pode ser — principalmente quando se trata de mergulhos em grandes profundidades, onde o intuito é chegar o mais fundo possível. No trailer do documentário, é mencionado distâncias equivalentes a um prédio de 70 andares. Assim, caso o mergulhador não esteja bem preparado para o desafio, o nado pode levar a óbito.
Os dois principais personagens do filme são a nadadora italiana Alessia Zecchini e seu namorado, o mergulhador de resgate irlandês Stephen Keenan. São mostradas imagens de arquivo que mostram o começo do relacionamento dos dois, a vida pregressa do casal e a preparação para Alessia tentar superar o recorde mundial — mesmo que o desafio gerasse consequências irreversíveis.
O especialista Stephen Keenan e a mergulhadora Alessia Zecchini, personagens principais do documentário De Tirar o Fôlego — Foto: Divulgação/Netflix
A história por trás do documentário
Alessia e Stephen se conheceram em uma viagem no Egito, por volta de 2013. A nadadora, na época com 21, já competia em campeonatos mundiais de mergulho livre. Stephen, que também era especialista na modalidade, na época atuava como instrutor de mergulho e mergulhador de resgate, sendo responsável por salvar nadadores caso apagassem durante o nado — um risco bastante comum no esporte.
Em 2017, o casal se preparava para bater o recorde mundial da russa Natalia Molchanova, campeã mundial por 23 vezes, que morreu em 2015 durante um mergulho livre na Espanha. Alessia havia treinado durante anos e já havia conseguido alcançar a profundidade de 104 metros junto com Keenan.
Durante o mergulho em altas profundidades, é comum que atletas desmaiem durante o nado — Foto: Divulgação/Netflix
A meta dos dois era bater o recorde no “Buraco Azul”, uma cratera oceânica localizada na cidade de Dahab, no Egito, onde cerca de 200 outros mergulhadores já perderam a vida em competições. No dia do teste da travessia de Alessia, ocorrida em 21 de julho, uma equipe de nove pessoas acompanhava a competidora — incluindo Keenan —, além de três mergulhadores adicionais, responsáveis pela captura de imagens.
Alessia seguia a linha vertical que a orientava durante a travessia. Em um determinado momento, a atleta começou a perder os sentidos durante o nado. Keenan chegou ao seu resgate; porém, nadou bem mais do que deveria enquanto mergulhador de resgate (até 50 metros). Ao tentarem nadar para superfície, o irlandês desmaiou no fundo do mar. Quando finalmente os dois foram resgatados, Stephen Keenan não resistiu e morreu aos 39 anos.
O irlandês Stephen Keenan morreu ao tentar resgatar a namorada Alessia Zecchini durante um mergulho livre — Foto: Divulgação/Netflix
Repercussão entre público e crítica
O documentário apresenta uma avaliação alta no Rotten Tomatoes, com o tomatômetro indicando aprovação de 83%. No Metacritic, a nota entre os críticos é de 70. Já entre o público, a média é de 7,9 no IMDb, onde 801 usuários até o momento deram notas favoráveis ao filme.
Sheila O’Malley, do site RogerEbert.com, classificou o documentário como “eloquente e comovente”, enquanto Nick Schager, do Daily Beast, considerou o trabalho da diretora Laura McGann como “uma história de coragem, confiança e tragédia”. Por outro lado, no The New York Times, a jornalista Natalia Winkelman lamentou que “De Tirar o Fôlego oferece apenas observações superficiais”, mesmo com a aura de perigo que cerca a obra.
Confira o trailer de De Tirar o Fôlego
Com informações de AIDA International, BBC, Fugitives, The Guardian, The Hollywood Reporter, IMDb, Metacritic, Netflix, Ready Steady Cut, Rotten Tomatoes, The Sun