DART | Foto do Hubble mostra asteroide Dimorphos e seus pedaços

A NASA divulgou nesta quinta (20) uma nova imagem do asteroide Dimorphos e seu rastro de detritos. A foto foi feita em dezembro e revela fragmentos rochosos, possivelmente liberados pelo impacto da missão DART (Double Asteroid Redirection Test) na rocha espacial, ocorrido no ano passado.

Segundo a agência espacial, foram registrados mais de 30 pedaços do Dimorphos se afastando dele. Os dados do Hubble indicam tamanhos variados: alguns têm cerca de 90 cm, e outros passam dos seis metros de extensão.

David Jewitt, cientista que está monitorando as mudanças no asteroide com o Hubble, ficou impressionado pelas novas imagens. “Isso nos diz pela primeira vez o que acontece quando você atinge um asteroide e vê grandes materiais saindo”, descreveu.

Os fragmentos não parecem ser pedaços do asteroide arrancados pela colisão. Na verdade, os cientistas acreditam que eles já estavam presentes na superfície de Dimorphos, como mostra uma foto tirada pela DART alguns segundos antes da colisão.

O que ainda não está claro é como estes pedaços saíram da superfície do asteroide. Uma possibilidade é que eles sejam parte de uma pluma de detritos que já foi fotografada pelo Hubble em outubro de 2022 e por outros telescópios, mas também podem ter sido movidos pela onda de choque do impacto.

Para Jewitt, o impacto parece ter afetado 2% das rochas na superfície do asteroide. “As pedras podem ter sido escavadas [a partir] de um círculo com 48 m de diâmetro na superfície de Dimorphos”, sugeriu.

Já se sabe que a colisão da DART alterou a órbita de Dimorphos, e futuras observações do Hubble podem ajudar os pesquisadores a acompanhar a trajetória dos pedaços. Com estes dados em mãos, eles podem determinar as direções em que foram lançados a partir da superfície de Dimorphos.

Além disso, os cientistas vão ter outra aliada para investigar os resultados do impacto em Dimorphos. A DART colidiu com o asteroide em 2022 e, em 2026, ele vai receber a visita da missão Hera, da Agência Espacial Europeia, para estudar de pertinho os resultados do impacto. Quando a Hera alcançá-lo, a nuvem de detritos ainda deverá estar em dispersão.

Fonte: NASA

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