Ilson Villalta faz tratamento médico e conta que precisa de bicicleta para se transportar
Em linhas de uma carta direcionada à imprensa, Ilson Villalta conta um pouco sobre sua vida desde que se acidentou em 2006 e sofreu um traumatismo crânio-encefálico. Fazendo tratamento desde então, Ilson não possui veículo próprio e, sem conseguir andar de ônibus, diz que só consegue se deslocar a pé ou de bicicleta. Não tendo dinheiro para comprar sua própria bicicleta, resume que seu propósito ao pedir ajuda é um só: ser presenteado com uma Monark para voltar a ser independente.
“Meu nome é Ilson Villalta. Sou pai de 4 filhos. Escrevo sobre meu sonho de ganhar uma bicicleta Monark. Sou pobre, o que eu ganho só dá para comprar a comida para os meus filhos”. Morador do bairro Los Angeles, Ilson conta que há 16 anos foi vítima de um acidente enquanto seguia para casa almoçar e, desde então, foi forçado a mudar toda a sua vida.
De acordo com o relato, Ilson trabalhava como coveiro em um cemitério privado da região e, durante um dia de chuva, foi atropelado. “O carro me pegou e fiquei três meses internado. Estava vindo almoçar quando aconteceu. Não me lembro de como foi o acidente, só me lembro de depois”.
Conforme laudo do Hospital Universitário, Ilson sofreu um traumatismo crânio-encefálico que deixou sequelas cerebrais. Sobre a continuidade das consultas, ele conta que o tratamento médico segue até hoje e não há previsão de alta.
É justamente por precisar frequentar o hospital que ele justifica o pedido pela bicicleta. “Faço tratamento de saúde há muito tempo e para ir até o hospital preciso emprestar bicicleta dos outros. Hoje eu só ando de bicicleta porque de ônibus eu passo mal, minha visão escurece e já fui duas vezes para o pronto socorro”, detalha.
Tanto na carta quanto na entrevista, Ilson explicou que os gastos da família são pesados e, por isso, não consegue comprar a bicicleta. Por ainda sofrer com as sequelas do acidente, narra que não consegue fazer muitos serviços e que sobrevive com auxílio do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Tento fazer alguns bicos, mas fico mal com muita frequência. Se vou para a fazenda fazer algum trabalho e passo mal, vou dar mais serviço para as pessoas, Ilson diz.
Explicando que trabalhar se tornou um problema apenas com o acidente, Ilson argumenta que já atuou como vendedor de sorvete, jornal e de salgados, além da última função como coveiro. “Tem gente que me olha e acha que tô bem, mas não tô. Não fico sem remédio, tenho depressão, tontura e outras coisas que ficaram”.
Sem dizer que outras coisas faltam, Ilson destaca que seu único objetivo ao escrever a carta foi tentar conseguir uma bicicleta para ir ao hospital sem depender de ninguém. “Eu quase rasguei a carta e desisti de mandar, mas resolvi entregar mesmo assim. Quero parar de precisar pedir a bicicleta do meu filho ou dos meus vizinhos”, explica.
Em relação ao processo referente ao acidente relatado por ele, o morador conta que ficou internado por três meses enquanto sua esposa cuidava dos filhos. Por isso, a família não prosseguiu no caso e não sabe sobre os resultados da ocorrência.
Agora, torce para que alguém consiga o ajudar com a bicicleta, passando por mais essa etapa de sua vida. Para mais detalhes sobre doações ou ajudas para conseguir alcançar o objetivo do morador é necessário entrar em contato através de ligação pelo número (67) 99217-0921.
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