Como usar fones de ouvido com segurança e preservar sua audição

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Já é de conhecimento da comunidade médica que o som alto pode causar lesões. Em uma era tomada pelo hábito de ouvir música no fone de ouvido, a perda auditiva tem gerado preocupação. Felizmente, esse risco pode ser minimizado com algumas medidas e cuidados.

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Segundo o médico otorrinolaringologista José Fernando Polanski, professor de otorrinolaringologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), a lesão provocada pelos sons elevados ocorre basicamente nas células da audição do interior da cóclea, as células ciliadas.

O especialista diz, ainda, que os sons muito altos podem causar lesões nessas células, que não cicatrizam e nem se recuperam, causando perdas auditivas irreversíveis. No que diz respeito a sons elevados, a intensidade considerada segura é de, no máximo, 85 dB por até 8 horas de exposição.

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No entanto, o próprio médico aponta um problema significativo desses limites de segurança, já que a progressão não é linear, e sim ocorre aos “saltos”. Ou seja: na intensidade de 90dB, que corresponde mais ou menos ao ruído de uma máquina de cortar grama, o tempo de segurança sem proteção é de 2 horas e meia. A 110 dB, que corresponde a aproximadamente o ruído de uma motosserra, o tempo de segurança sem equipamento de proteção é de menos de 2 minutos.

Conforme aponta o médico, a graduação da intensidade do som dos fones de ouvido é muito variável de aparelho para aparelho. No caso do iPhone, ouvir música com fones medianos na intensidade máxima atinge entre 102 e 112 dB, o que pode provocar lesão com alguns minutos de uso.

Como preservar a audição ao usar fones de ouvido

Especialistas explicam como usar fones de ouvido com segurança e preservar a audição (Imagem: westend61/envato)

A segurança no uso dos fones de ouvido depende da intensidade do som, a duração da exposição ao som e a frequência de vezes em que a exposição ocorre. O médico orienta deixar o volume com 60% da intensidade máxima do aparelho por no máximo 60 minutos ao dia. Assim, limita-se o volume e o tempo de uso de forma a garantir a segurança.

O oftalmologista diz que a perda de audição causada pela exposição excessiva aos ruídos não pode ser revertida, mas pode ser facilmente prevenida, com informação e cuidados simples. A melhor forma de tratamento, nesse caso, continua sendo a prevenção.

Em 2022, cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) descobriram uma nova modalidade de terapia regenerativa que reverte a perda de audição através de células progenitoras, que são capazes de se transformar em qualquer outra célula, como as células-tronco, com a diferença de que elas se dividem um número limitado de vezes.

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