Com oficinas, caravana atrai mulheres de todo MS pelo sonho de empreender

Alunas fizeram capacitações gratuitas em diversas áreas por meio do Sistema S, no bairro Coophavila II

Participantes da “Caravana Brasil Pra Elas”, na tarde de hoje no bairro Coophavila II, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

Depois de fazer as oficinas gratuitas de três horas, mais de mil mulheres puderam se inscrever em cursos profissionalizantes por meio da “Caravana Brasil Pra Elas”, que ficou o dia todo no bairro Coophavila II, em Campo Grande. De diversos bairros e cidades do interior do Estado, elas participaram de aulas de costura criativa, design de sobrancelhas, dicas de maquiagem, produção de queijos, panificação, doces, finanças pessoais, entre outros.

Uma iniciativa do Governo Federal em parceria com o Sistema S, a caravana é voltada para as Capitais dos Estados do Norte e Nordeste, mas Mato Grosso do Sul entrou no roteiro porque já tem um trabalho semelhante de ações para mulheres empreendedoras, segundo a gestora do projeto Sebrae Delas, Luciele Lima.

Gestora do projeto Sebrae Delas, Luciele Lima (Foto: Marcos Maluf)
Gestora do projeto Sebrae Delas, Luciele Lima (Foto: Marcos Maluf)

“Essa caravana é um primeiro momento em que as mulheres fazem o que chamamos de ‘degustação’ das capacitações que o Sistema S pode oferecer. Ao final de toda a formação, elas recebem um kit com produtos para trabalhar do Ministério da Economia. Em MS já temos trabalho com empreendedorismo feminino há 10 anos. Fomos escolhidos porque somos pioneiros no tema”, disse.

O Sistema S é uma referência com nove instituições administradas de forma independente por federações e confederações empresariais. Apesar de não terem ligação com governo, elas prestam serviços de interesse público.

A diretora técnica do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Maristela França, explicou que o Sebrae Delas é para apoiar mulheres com soluções personalizadas.

Diretora técnica do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Maristela França (Foto: Marcos Maluf)
Diretora técnica do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Maristela França (Foto: Marcos Maluf)

“Hoje, por exemplo, tivemos a recreação para as crianças. Aqui hoje, elas puderam perceber as possibilidades de trabalho. A Caixa deu capacitação sobre microcrédito e o Sebrae mostrando como fazer o negócio dar certo”, detalhou Maristela.

A estudante Caroline Silva, de 16 anos, mora em Água Clara e veio em caravana. Ela saiu às 5h e chegou às 8h40 na Capital, fez o curso de design de sobrancelhas e recebeu o certificado na hora.

Estudante Caroline Silva, de 16 anos (Foto: Marcos Maluf)
Estudante Caroline Silva, de 16 anos (Foto: Marcos Maluf)

“Era uma área do meu interesse. Minha irmã já fez esse curso. Quando cheguei aqui não sabia que tinha e quando soube me interessei. Achei muito bom, foi bem explicado e teve demonstração. Fiz para aprender e futuramente exercer essa profissão. Pretendo seguir me especializando e atender o pessoal da minha cidade com apoio da minha irmã”, contou Caroline.

Do bairro Taquaral Bosque, a funcionária de serviços gerais Regina Karla Rocha Valadão, de 38 anos, chegou às 8h na caravana e também fez aula de design de sobrancelhas, enquanto a filha de 11 anos ficou na recreação oferecida pelo evento.

Funcionária de serviços gerais Regina Karla Rocha Valadão, de 38 anos (Foto: Marcos Maluf)
Funcionária de serviços gerais Regina Karla Rocha Valadão, de 38 anos (Foto: Marcos Maluf)

“Achei ótimo, foi bem explicado com todos os detalhes. Recebi certificado e pretendo deixar meu emprego de limpeza e investir em mais cursos da área, futuramente. Deu para aprender o principal. É um aprendizado que a gente leva e não tem preço. Uma forma da gente ganhar uma renda a mais”, comentou Regina, logo após a oficina.

A assistente de frente de caixa, Ana Paula dos Santos, de 40 anos, saiu do bairro Estrela Dalva para ir à caravana. Afastada do emprego porque tem fibromialgia, artrose e depressão, ela ficou animada em aprender algo novo que vai ajudar a ter renda extra.

“Como não estou podendo trabalhar, comecei a fazer colar e pulseira de miçanga para ocupar a mente. No começo, era só para ter uma distração, mas as pessoas começaram a ver e gostaram e começaram a comprar e eu não sabia dar preço. Hoje fiz o curso de precificação. A gente precisa de uma força. Eu estava em casa totalmente desiludida e foi muito bom. Conheci bastante gente”, disse.

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