Em mais uma ofensiva contra o tráfico de drogas na região de fronteira, policias do Brasil e Paraguai, se uniram na busca por traficantes e rotas de produção e de tráfico de drogas. Na tarde desta segunda-feira (21), um contingente formado por funcionários da SENAD (Secretaria Nacional Antidrodas), com apoio da FTC (Força Tarefa Conjunta), Polícia Federal brasileira da Força Aérea Paraguaia, chegou à Base Regional da polícia Paraguaia, em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã.
A força-tarefa acontece no âmbito da Operação Nova Aliança 30, uma ação conjunta entre a SENAD e Polícia Federal. Esta será a segunda etapa da operação este ano. A operação irá contar com 80 homens da Senad, além de agentes e peritos da Polícia Federal brasileira. A PF ajudará ainda com helicóptero para sobrevoar e identificar regiões de plantio ilegal de maconha.
Pelos próximos dias, a força-tarefa espera erradicar toneladas de plantios de cannabis em território paraguaio. Cerca de 90% da droga plantada no país vizinho tem como destino o Brasil. Somente na primeira etapa da operação Nova Aliança em 2022, realizada no fim de fevereiro, foram erradicadas 850 toneladas.
No discurso de abertura da operação, o Coordenador-Geral de Repressão a Drogas e Facções Criminosas da PF, João Luiz Caetano de Araújo, destacou a relevância da cooperação internacional entre os dois países. “Para nós, do Brasil, esta operação é a mais importante no combate à produção da droga na sua origem e esta parceria só tende a se fortalecer”.
O vice-ministro da Senad, Esteban Caselli, reforçou a eficiência do trabalho conjunto. “Cooperação é o melhor caminho para combater este ilícito. Fortalecer o compromisso desta aliança é estratégico para ambos os países.”
Cerca de 80% da droga produzida em território paraguaio é destinada a facções criminosas brasileiras. O objetivo desse tipo de intervenção é afetar as finanças e a logística do crime organizado, tirando de circulação grandes volumes de drogas, gerando lucros cessantes significativos. Além disso, permite a anulação dos investimentos dos financiadores da referida atividade criminosa.