Cientistas suíços estão desenvolvendo robôs que podem aprender sozinhos a realizar tarefas rotineiras. O estudo, feito por pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurich (ETH Zurich) e publicado nesta quarta-feira (16), tem foco na execução de atividades de locomoção e manipulação com pouca orientação humana. Diferente de outros sistemas, em que essas ações são realizadas por meio de controles remotos ou de uma série de treinamentos, os robôs do estudo podem definir rotas e reconhecer objetos de maneira automática, e, assim, abrir portas e máquinas de lavar louça sozinhos.
A proposta do estudo é aprimorar as habilidades de locomoção e manipulação em modelos robóticos para aumentar sua eficiência e produtividade em diferentes ambientes. De acordo com os pesquisadores, a necessidade de menor intervenção no funcionamento dos robôs tende a beneficiar diversos ramos da indústria, desde a logística até a saúde. Além disso, aumenta a possibilidade de aplicação da tecnologia em locais e situações menos previsíveis ou em que a presença humana não seja segura.
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Para a aplicação do sistema são necessárias três etapas. Primeiro, o usuário define o cenário em que o modelo robótico será inserido, bem como a ação a ser desempenhada. Depois, o sistema desenvolvido define uma rota de atividade. Por último, o próprio sistema refina essa rota para torná-la mais viável e eficiente.
Segundo os pesquisadores, com a descrição detalhada do robô, dos objetos ao redor e das tarefas que serão desempenhadas, o sistema é capaz de definir como a máquina deve se mover, que forças exercer e que membros utilizar. Ainda é possível definir quando e onde o robô deve exercer ou romper contato com o objeto da interação.
Além disso, o sistema desenvolvido é dividido em duas categorias, uma responsável por tarefas de interação, como abrir uma porta, e outra por ações como locomoção do robô ao redor de objetos. A equipe responsável afirma que o sistema pode ser adaptado para diferentes formatos de máquinas, mas, para maior simplicidade, foi utilizado o robô quadrúpede ANYmal, da startup ANYbotics, também nascida na ETH Zurich. Os cientistas acreditam que o trabalho pode ser um ponto de avanço no desenvolvimento de robôs de locomoção e manipulação completamente autônomos.
Com informações de TechCrunch, ETH Zurich e GVS
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