Conta de luz mais barata? Nova medida pode aliviar o bolso dos brasileiros

O governo Lula está analisando um novo modelo de subsídio para diminuir os impactos financeiros na conta de luz dos brasileiros, causados pelo movimento de transição energética. O plano foi divulgado nesta quarta-feira (17) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em uma entrevista à Folha de S. Paulo.

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“Não quero chamar de subsídio, eu quero chamar de como nós vamos financiar o impacto que a transição energética [terá] na conta [de luz], e como que nós vamos poder continuar a financiar de forma tal que nos abra espaço para continuar avançando na transição sem perder vigor na economia”, afirmou o ministro durante entrevista.

Além disso, o ministro ressaltou que o Brasil está no caminho para se tornar o “celeiro de descarbonização do planeta”. No entanto, para isso, são necessários recursos para estimular as fontes de energia renováveis sem alterar a economia brasileira com o aumento dos custos da geração de energia.

Discurso do ministro gera controvérsias

A declaração do ministro está de acordo com as recentes afirmações do presidente Lula, que critica a diferença entre os valores pagos pelas empresas e pelo consumidor comum. Como fonte de recursos para a transição, o ministro apontou para a exploração de petróleo. Assim, a exploração de combustíveis fósseis na foz do rio Amazonas poderá ser uma espécie de “hedge” na transição energética.

No entanto, o petróleo é tido como o combustível mais poluente do planeta, e os estudos dos impactos ambientais da exploração no Amazonas seguem em desenvolvimento. Além disso, essa fonte de recursos vai contra as práticas defendidas pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Assim, enquanto o mundo busca para o fim do uso e da exploração de petróleo, Silveira se mostra na contramão do movimento.

Mesmo desejando a descarbonização do planeta, Silveira enxerga no petróleo um meio para se alcançar a transição energética. “Não há ninguém que possa bater o martelo em quanto tempo a transição energética se dará de forma efetiva. Quando eu vejo uma coisa mais contextual, aposto que o petróleo ainda vai ser uma fonte energética importante entre 20 e 30 anos”, afirmou à Folha de S. Paulo.

*Com informações da Folha de S. Paulo.



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