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CEO da Recording Academy, responsável pelo Grammy, mostra preocupação com uso de IA na música

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Harvey Mason Jr., CEO da Recording Academy, organização responsável pelo Grammy, reconhece que a indústria da música foi uma das primeiras a adotar a inteligência artificial (IA) e explorar seus benefícios. No entanto, ele adverte que a falta de regulamentação pode gerar problemas.

Em entrevista ao Yahoo Finance, Mason falou sobre como a tecnologia abre portas para criações, mas também levanta questões sobre direitos autorais, consentimento e proteção dos artistas.

“A produtividade que vem com o uso dessa tecnologia, criando coisas que não ouvimos ou pensamos antes, é possível”, afirma Mason. “Mas é preciso que haja regras e leis para garantir a proteção dos criadores humanos. O medo do que está aprendendo e como será mal utilizado, ou como poderia ser usado para representar alguém que não concorda ou não consente com o uso, é algo que realmente nos preocupa”.

Para Mason, as questões centrais giram em torno da origem das criações da IA e da identificação do uso indevido da voz ou música de um artista. Ele destaca o potencial da IA, como no caso da nova música dos Beatles, “Now and Then”, que utilizou ferramentas de IA para extrair a voz de John Lennon de uma antiga fita demo.

Música nova dos Beatles foi produzida usando IA para extrair a voz de John Lennon de uma demo antigaMúsica nova dos Beatles foi produzida usando IA para extrair a voz de John Lennon de uma demo antigaFonte:  GettyImages 

“Os artistas têm que poder consentir com uma licença para que sua voz ou sua música seja usada pela IA, tanto no lado do aprendizado quanto no lado generativo. Então, nesse ponto, haverá a oportunidade de potencialmente monetizar novas obras se os artistas, publishers ou os selos quiserem, mas exige um acordo prévio”, defende Mason.

Algumas iniciativas já estão sendo tomadas no país norte-americano. Na Câmara dos EUA, um projeto de lei bipartidário chamado “No Artificial Intelligence Fake Replicas and Unauthorized Duplications Act” visa proteger a voz e a imagem em nível federal.

No estado do Tennessee, o projeto de lei “Ensuring Likeness Voice and Image Security (ELVIS) Act” foi proposto para proteger artistas e compositores contra deepfakes, atualizando uma lei existente para lidar com os desafios específicos das novas ferramentas de IA.

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