Carros luxuosos são realmente destruídos nos filmes?

Se você é apaixonado por carros e, toda vez que vê os luxuosos ou superesportivos sendo destruídos nos filmes, fica com o coração sangrando e se pergunta se eles realmente explodem, batem e dão perda total, o Canaltech tem a resposta.

De uma forma direta e reta, a resposta para essa pergunta é bastante imprecisa: depende. E o que isso significa? Exatamente o que parece, ou seja, que alguns carros luxuosos são, sim, destruídos durante as filmagens, mas outros permanecem intactos. Achou confuso? Então afivele o cinto de segurança, pois vamos explicar direitinho cada uma das situações.

A magia do cinema

Bom, já dissemos que a resposta mais correta para quem se pergunta se os carros luxuosos são realmente destruídos nos filmes é “depende”. Agora, vamos explicar o porquê com a primeira parte dela.

Nem todas as produções que vão parar nas telonas contam com orçamentos milionários, os chamados big budgets. Por conta disso, algumas cenas de perseguição em que vemos carros batendo, explodindo ou caindo de penhascos, na verdade não são protagonizadas pelos modelos originais dos veículos.

Nesses casos, são utilizados truques de filmagem e outros artifícios para fazer você, que está sentadinho na poltrona, acreditar que aquela Ferrari raríssima, como a de Curtindo a Vida Adoidado, saiu voando pela vidraça enquanto o Ferris e seu amigo tentavam reduzir a quilometragem.

E quais são os truques utilizados? De modo geral, os diretores optam por um dos artifícios abaixo:

  • Utilização de réplicas: Não é porque um carro se parece com uma Ferrari que ele é uma Ferrari. No filme Curtindo a Vida Adoidado, por exemplo, a Ferrari que o personagem Ferris Bueller rouba do amigo para rodar pela cidade não é realmente arremessada pela vidraça da sala. Os responsáveis pelo filme construíram uma réplica do modelo italiano e a destruíram sem remorso.
  • Dublê de carro: Assim como os artistas, salvo raras exceções, são trocados por dublês nas cenas de ações mais perigosas, os carros caríssimos e raros também utilizam essa artimanha. Isso é possível graças à “magia” da edição e do posicionamento de câmeras, que faz com que um carro parecido com o original (mas bem mais barato) seja destruído em seu lugar.
  • “Depenagem”: Se um determinado carro ou marca é muito importante para a produção, um outro artifício usado nas filmagens é o de “depenar” o modelo quase que por completo. Desta forma, apenas a carcaça é realmente destruída, e os demais itens são realocados em um novo carro.
  • Digitalização: Por fim, os tempos modernos permitem que um carro “de verdade” seja mandado pelos ares ou despenque de um precipício apenas de forma virtual, com as imagens criadas por computador reproduzindo fielmente uma cena que jamais aconteceu nas filmagens reais.

O vídeo abaixo, publicado no Insider, mostra alguns exemplos de como uma cena de destruição pode ser feita.

Produções bilionárias não poupam carrões

Se os filmes de cinema com budget limitado apelam aos mais diversos e criativos artifícios para não gastar milhões em carrões apenas para destruí-los durante as filmagens, o mesmo não se pode dizer das superproduções, aquelas que gastam bilhões de dólares na certeza de reaver o montante com o sucesso nas bilheterias.

Os melhores exemplos de filmes nos quais os carros de luxo ou esportivos são destruídos de verdade são os que compõem a franquia Velozes & Furiosos e os que fazem parte da saga que tem o espião britânico James Bond, o 007, como protagonista.

A corretora britânica Uswitch fez uma breve relação com os gastos que os produtores da franquia estrelada por Vin Diesel, o Tom Toretto, de Velozes & Furiosos, tiveram com essas cenas. Segundo o levantamento da empresa, apenas no 8º filme da série foram 95 carros destruídos que, somados, custaram US$ 4,4 milhões (quase R$ 23 milhões) aos cofres.

O filme 007 contra Spectre conseguiu superar, e muito, os gastos de Tom Toretto e companhia. Segundo o jornal britânico Daily Mail, as filmagens de mais um longa do charmoso espião britânico registraram gastos de R$ 145 milhões apenas em carros que foram destruídos.

Gary Powell, coordenador de dublês da produção, lembrou que carros da Aston Martin e da Jaguar Land Rover ficaram horas a fio acelerando a quase 200 km/h pelas ruas do Vaticano para, no fim das contas, estrelarem uma cena de poucos segundos no filme. Um “desperdício” que certamente foi coberto pelos bilhões arrecadados nas bilheterias.

Não dá para deixar de citar também o diretor de Transformers, Michael Bay, acostumado a explodir e destruir carrões desde os primeiros filmes da franquia Bad Boys. Segundo levantamento da consultoria Scrap Car Comparison, Bay já destruiu 354 carros em suas produções hollywoodianas.

A consultoria colocou Michael Bay acima até mesmo de Justin Lin, diretor e roteirista de alguns dos filmes da saga Velozes & Furiosos. Segundo o levantamento, o taiwanês-americano destruiu “somente” 135 carros nas cenas eletrizantes de suas superproduções.

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