A Meta divulgou nesta semana que vai comprar energia geotérmica – gerada e armazenada no interior da Terra – da Sage Geosystems. A big tech planeja usar essa energia para manter seus data centers (e inteligência artificial) funcionando nos Estados Unidos.
A primeira fase do projeto de 150 megawatts deve estar de pé até 2027. E expandirá “significativamente” o uso de energia geotérmica nos EUA, afirmou a empresa. A localização ainda será determinada e os detalhes financeiros do acordo não foram divulgados.
Meta aposta em energia geotérmica para sustentar demanda puxada pela IA
A divulgação do acordo entre Meta e a Sage Geosystem surge enquanto a big tech corre para construir a infraestrutura necessária para apoiar seus investimentos em inteligência artificial (IA). Isso porque essa tecnologia exige data centers que consomem muita energia.
A Sage desenvolve a próxima geração de uma tecnologia que pode ser implantada em mais locais do que a geotérmica tradicional, segundo a empresa. A startup tem sede em Houston, no Texas, e foi fundada há quatro anos.
O projeto para a Meta seria, de longe, o maior da Sage até o momento, conforme apontado pela agência de notícias Reuters. E a startup informou que validou sua tecnologia em campo há dois anos, considerado pouco para firmar uma parceria dessa magnitude.
O anúncio da Meta foi feito como parte de um evento do Departamento de Energia dos EUA sobre o desenvolvimento geotérmico. E ocorre num momento em que a administração do presidente Joe Biden pede a big techs para investirem em geração de energia limpa para cobrir sua demanda crescente, segundo a agência.
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A cobrança por investimento em geração de energia limpa não é a única pressão colocada pelo governo Biden em cima da Meta. Em carta escrita ao Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes, o CEO da big tech, Mark Zuckerberg, alega que a administração do democrata “pressionou” o Facebook a censurar conteúdo relacionado à Covid-19 durante a pandemia.
No texto, Zuckerberg lamenta a decisão da empresa de acatar as exigências do governo. “Em 2021, altos funcionários da administração Biden, incluindo a Casa Branca, pressionaram repetidamente nossas equipes por meses para censurar certos conteúdos de COVID-19, incluindo humor e sátira”, escreveu o CEO.
Fonte: Olhar Digital