A última década registrou mudança significativa nos métodos de produção de energia elétrica em todo o mundo. No Brasil, mesmo com a predominância das hidrelétricas, as usinas termoelétricas também ganharam grande destaque.
Mas essa energia tem preço alto para o meio ambiente. “Sem dúvida, dentre as fontes disponíveis no Brasil, a termoelétrica é a fonte mais cara. Alguém pode até dizer que a energia nuclear é mais cara, mas ela ainda é fundamentalmente uma usina termoelétrica, só muda a fonte de combustível”, afirma Pedro Luiz Côrtes, titular da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP.
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Côrtes destaca que houve atraso em reconhecer os limites de atendimento das hidrelétricas, de forma que a fonte de energia seria incapaz de acompanhar a demanda crescente do Brasil. Como alternativa, o uso das termoelétricas em períodos específicos foi o método alternativo para suprir essa necessidade, segundo o Jornal da USP.
Outras alternativas
- Outra fonte que tem ganhado espaço nos últimos anos é a energia eólica, que predomina nas regiões Norte e Nordeste do País;
- A adesão da energia fotovoltaica extraída de painéis solares também demonstrou crescimento na última década;
- ”Esses sistemas, muitas vezes, conseguem atender a toda a demanda e o excedente energético é passado para a rede de distribuição, ajudando a desafogar outras fontes, como as hidrelétricas”, declara o professor.
O futuro
Pensando em projeção futura, Côrtes acredita que a Bacia de Campos – uma das regiões onde se explora petróleo no Brasil – será capaz de abastecer boa parte da necessidade de energia da próxima década. “Nós estamos investindo tanto em energias renováveis que me questiono se nós vamos precisar tanto de combustíveis fósseis para a geração termoelétrica”, defende Côrtes.
O professor também defende o planejamento estratégico de médio a longo prazo sobre as demandas de geração elétrica e de combustíveis fósseis. “Acredito que, em dez anos, os recursos fotovoltaicos e eólicos superem nossa capacidade atual de geração termoelétrica.”
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Fonte: Olhar Digital