Brasil entrega em Zurique proposta para sediar Copa do Mundo Feminina de 2027

Representantes da candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo Feminina de 2027 viajam a Zurique, na Suíça para entregar na sede da Fifa o Bid Book, caderno com as propostas do país para o evento. Caso o Brasil seja escolhido, seria a primeira vez que a competição seria disputada na América do Sul. A decisão será divulgada no dia 8 de maio de 2024, durante Congresso da Fifa, na Tailândia.

A delegação brasileira será composta por Valesca Araújo, responsável pelo planejamento de infraestrutura e operações do evento, Manuela Biz, consultora de comunicação, e Luiza Iglesias, diretora de arte e criadora da marca e identidade visual da campanha.

A entrega física da brochura faz parte da formalização de um trabalho que começou em maio, com a confirmação do interesse do Brasil em sediar o principal evento de futebol feminino do mundo, em 2027.

“Pelas mãos de três mulheres, estamos levando à Fifa uma proposta que reflete a vontade de estabelecer a Copa do Mundo Feminina como plataforma de desenvolvimento do futebol feminino em todas as suas camadas, desde a formação de jovens atletas e gestoras até a materialização de políticas de proteção dos direitos da mulher, dentro e fora do campo”, afirma Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

O dirigente acredita que o Brasil possa se beneficiar pela expertise de ter sediado recentemente uma edição da Copa do Mundo Masculina, em 2014.

“Temos um país pronto. De 2014 para cá, nossas condições evoluíram ainda mais, com melhorias e mais estrutura nos estádios”, destaca Rodrigues.

Cidades-sede

Em mais de 160 páginas do livro que condensa as propostas do Brasil são fornecidas informações referentes à infraestrutura, como descrição dos estádios aptos a receber as partidas, dos centros de treinamento e da rede hoteleira nas dez cidades-sedes propostas: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Todas essas cidades sediaram jogos da Copa do Mundo de 2014, tento estádios que foram erguidos ou remodelados para aquela edição do torneio. As exceções, que abrigaram jogos do Mundial de nove anos atrás e não fazem parte das cidades propostas a serem anfitriãs em 2027 são Curitiba e Natal.

“Trabalhamos desde o início com a ideia de utilizar somente os palcos construídos ou reformados para a Copa do Mundo de 2014, confirmando o legado daquela competição no desenvolvimento do esporte e como parte de um projeto de sustentabilidade ambiental e financeira”, conta Valesca.

“Também temos como objetivo envolver o continente sul-americano. Por isso, distribuímos os jogos em todas as regiões do Brasil, possibilitando que fãs de outros países possam também desfrutar do momento”, completa.

Apoio estatal

Outro trunfo da candidatura brasileira foi a obtenção de apoio do poder público para a realização do evento.

“Conseguimos todas as garantias governamentais previstas nos requerimentos, com o apoio do governo federal, órgãos estaduais e municipais, federações de futebol e Conmebol, parceira fundamental para potencializar o impacto da competição no continente”, destaca Jacqueline Barros, executiva de relacionamento institucional da candidatura.

O Brasil tem fortes concorrentes pelo evento. EUA e México (candidatura dupla) e o trio Alemanha, Bélgica e Holanda disputam com o país o direito de sediar a competição de 2027. A África do Sul desistiu da disputa em novembro. 

A partir de agora, a documentação de cada proponente será avaliada e, uma vez aprovadas as propostas de acordo com critérios técnicos pré-estabelecidos, os candidatos estarão aptos a serem votados no Congresso da Fifa, em maio de 2024.

Fonte: Máquina do Esporte

Mostre mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor desativar seu adblock para continuar!