Brasil deve aceitar convite da Opep mas sem cota de produção, diz presidente da Petrobras
O Brasil deve aceitar o convite para ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) mas sem participar do sistema de cotas de produção, segundo o presidente da Petrobras Jean Paul Prates. O país, segundo ele, deve ingressar no grupo com um papel de cooperação e observação das decisões.
A Opep+ é uma espécie de “versão estendida” da Opep, o cartel dos exportadores de petróleo.
“Eles chamam outros países que não têm direito a voto e não são impostas cotas a esses países. Jamais participaríamos de uma entidade que estabelecesse cota para o Brasil, ainda mais com o apoio da Petrobras, que é uma empresa aberta no mercado e não pode ter cota”, disse Prates, segundo a agência Reuters.
O Brasil, um dos dez maiores exportadores de petróleo do mundo, recebeu o convite para se tornar aliado da Opep. A proposta está sendo analisada pelo ministro Alexandre Silveira, informou o Ministério de Minas e Energia.
Apesar da posição de Prates e análise de Silveira, a decisão final é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O convite aconteceu em visita da comitiva brasileira, com a presença do presidente e do ministro, ao Oriente Médio para a Cúpula do Clima (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes.