#AstroMiniBR: a maior tempestade solar das últimas décadas!

O TecMundo e o #AstroMiniBR, toda semana selecionam as curiosidades astronômicas mais relevantes produzidas pelos colaboradores do perfil no X para compartilhar com você, um pouco mais do nosso inusitado e admirável universo!

#1: Tempestade solar produz auroras ao redor do mundo!

Na última sexta-feira (10), chegou no planeta Terra o vento solar produzido na maior tempestade do nosso astro dos últimos 20 anos!  Conhecidas como tempestades geomagnéticas, estes são fenômenos naturais complexos que ocorrem quando o vento solar, composto essencialmente por partículas carregadas emitidas pelo Sol, interagem com o campo magnético da Terra.

Essas tempestades podem ser desencadeadas por erupções solares ou por ejeções de massa coronal que, quando atingem a magnetosfera da Terra, são direcionadas para os polos do planeta graças a um efeito eletromagnético, onde interagem com os átomos e moléculas da atmosfera terrestre.

A interação destas partículas, especialmente com os átomos de oxigênio e nitrogênio, resulta em um belíssimo espetáculo conhecido como auroras que aparecem como brilhos coloridos no céu noturno, comumente vistos em países próximos aos polos norte e sul.

O fenômeno pode ser descrito, de forma simples, da seguinte maneira: as partículas energéticas colidem com os átomos e moléculas da atmosfera, excitando-os e fazendo com que liberem fótons de luz de cores características. O oxigênio em altitudes mais altas gera auroras vermelhas, enquanto o nitrogênio produz auroras azuis e verdes.

Esses espetáculos de luz não apenas fascinam observadores, mas também fornecem informações valiosas sobre a interação entre o Sol e a Terra e seu impacto no ambiente espacial e terrestre.

#2: Quanto tempo um fóton leva até sair do Sol?

Dentro do núcleo do Sol, os fótons são continuamente produzidos por meio de reações nucleares, como a fusão de hidrogênio em hélio. No entanto, o caminho desses fótons até a superfície solar é um processo complexo de espalhamento e absorção dentro da densa matéria solar.

Estima-se que um fóton leve entre aproximadamente 100 mil a 200 mil anos para percorrer essa jornada desde o núcleo até a superfície do Sol. Esse longo período é porque os fótons são constantemente absorvidos e reemitidos por átomos de hidrogênio, criando um “mar” de partículas que dificultam sua progressão direta.

Após emergir da superfície do Sol, um fóton viaja através do espaço até atingir a Terra. Esse percurso leva apenas cerca de 8 minutos e 20 segundos, a uma velocidade média de cerca de 300 mil quilômetros por segundo, a velocidade da luz. Portanto, o fóton, que levou milhares de anos para atravessar o interior solar, chega à Terra em apenas alguns instantes após emergir da superfície do Sol.

Esse rápido deslocamento da luz é crucial para a sustentação da vida na Terra e para a nossa compreensão dos processos físicos que regem o universo!

#3: A tempestade solar vista do espaço!

A tempestade geomagnética do último fim de semana foi causada pela região ativa AR3664, mostrada no vídeo em time-lapse abaixo. Estas imagens foram capturadas pelo telescópio Solar Dynamics Observatory (SDO) lançado em 2010 pela NASA. Equipado com instrumentos avançados, o SDO consegue captar imagens de alta resolução do Sol em várias faixas de comprimento de onda.

Nesse vídeo é possível ver as regiões ativas do Sol, áreas onde ocorrem atividades intensas, como explosões solares, erupções e o surgimento de manchas solares. Essas regiões são vitais para o estudo da dinâmica solar e seu impacto no clima espacial da Terra.

Ao fornecer dados em tempo real sobre a atividade solar, o SDO auxilia na previsão das tempestades solares e no manejo de eventuais ações combativas para proteger satélites, astronautas e sistemas de comunicação na Terra.

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