A Apple pode apresentar ferramentas próprias de IA generativa a partir do final de 2024, segundo o analista Jeff Pu, que cobre a cadeia de suprimentos da Maçã para uma empresa de Hong Kong. Se a previsão se concretizar, os recursos podem fazer parte dos próximos sistemas operacionais para iPhones e iPads.
De acordo com Pu, a Big Tech de Cupertino teria planos para construir “algumas centenas de servidores de inteligência artificial” ainda em 2023, com a perspectiva de ampliar esse volume no ano que vem.
O analista acredita que a Apple vai oferecer uma combinação de IA baseada em nuvem e tecnologias de “IA de ponta” — que envolve mais processamento de dados no dispositivo.
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Apple desenvolve sua IA generativa
A Apple ficou atrás na corrida de IA generativa frente a outras gigantes de tecnologia que impactaram o mercado com o lançamento de ferramentas como o ChatGPT da OpenAI (financiada pela Microsoft) e o Bard do Google.
A empresa chefiada por Tim Cook emprega inteligência artificial em plataformas como a Siri e o app Fotos, mas não conta com ferramentas capazes de criar conteúdos como suas concorrentes.
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Segundo Jeff Pu, a Apple está sendo cautelosa no desenvolvimento de suas soluções com IA generativa pois analisa como usar e processar dados pessoais de uma forma que se alinhe ao seu compromisso com a privacidade dos usuários.
Nos últimos meses, surgiram vários rumores sobre os planos da Maça para essa tecnologia. Em julho, uma reportagem do Bloomberg informou que empresa estava testando internamente um chatbot semelhante ao ChatGPT — apelidado de Apple GPT — mas disse não havia uma estratégia para seu lançamento.
Já em setembro, o The Information revelou que a companhia gasta milhões de dólares por dia para o desenvolvimento de modelos de IA, com ferramentas dedicadas à geração de imagens, melhorias para Siri e AppleCare, além de IA multimodal capaz de reconhecer comandos em diferentes formatos.
No final do mês passado, o CEO Tim Cook confirmou que a Apple faz pesquisas sobre o desenvolvimento de IA generativa, mas reforçou que não há pressa para entrar nesse mercado. Segundo o executivo, é preciso “abordar com cuidado e pensar profundamente sobre os usos ruins que isso pode ter”, em referência a problemas como alucinações e respostas enviesadas.