A fome da Apple por startups pode seguir em uma queda bastante acentuada em 2022, seguindo quase os mesmos passos do ano passado. Esta é a previsão de Mark Gurman em sua newsletter Power On, da Bloomberg. Em 2022 a empresa da maçã deve gastar cerca de 11% do que já colocou em companhias em 2020.
O mercado funciona mais ou menos assim, valendo para além das empresas de tecnologia: quando uma marca é bastante grande, ela tende a comprar companhias muito menores e que criam novos recursos interessantes, ou então alguma não tão pequena e que tem algo importante.
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O Google vive fazendo isso e mata serviços como foi com o Bump, ou incorpora propriedade intelectual, como fez com a Motorola. A Apple vem fazendo mais ou menos a mesma coisa, como quando a empresa da maçã trouxe para dentro de casa a responsável pela Siri em 2010 e os nomes que criaram o reconhecimento facial do Face ID logo depois – indo até o Shazam, para reconhecer músicas diretamente pelo iOS.
Apple já gastou quase US$ 4 bilhões em aquisições
A fome da Apple por empresas já foi grande, como em 2014 quando gastou US$ 3,8 bilhões em aquisições, com o número caindo e voltando a crescer entre 2018 e 2020, quando assinou cheques somados de US$ 721 milhões e US$ 1,5 bilhão, respectivamente. Desde então as compras praticamente foram suspensas.
Em 2021 a Apple comprou apenas uma empresa (a Primephonic) por US$ 33 milhões e em 2022 o número continua baixo, colocando duas companhias para dentro com cheques somados de US$ 169 milhões – ao menos neste ano Tim Cook já trouxe o dobro de empresas de 2021 e gastou mais de 5 vezes o valor daquele ano, olhe só.
Mark Gurman não soma o que a Apple vem gastando no mundo do streaming, em especial para o Apple TV+ que vem comprando produções e a distribuição de muito conteúdo, incluindo a recente aquisição dos direitos de transmissão do campeonato de baseball e futebol dos Estados Unidos.
A menor quantidade de compras não significa problemas financeiros para a Apple, pois no último trimestre fiscal, com informações publicadas em julho deste ano, a empresa da maçã lucrou US$ 19,4 bilhões. Este número caiu quando comparado com o anúncio do período anterior, mas a receita foi recorde ao marcar US$ 83 bilhões no final de junho.
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Fonte: Olhar Digital