A ascensão dos robôs humanoides já começou. Desde que a Tesla anunciou em 2020 sua versão do dispositivo, startups e outras empresas do setor correram para desenvolverem seus próprios modelos – que, hoje, já fazem parte até da NASA. A Apptronik é uma dessas companhias que, nesta quarta-feira (23), revelou seu robô humanoide para o mundo: o Apollo.
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Robô Apollo
- A Apptronik não é nova no setor dos robôs e começou a pensar no que se tornaria o Apollo em 2017. A empresa foi contratada para construir um robô para a Nasa. O projeto resultou no também humanoide Valkyrie.
- Apesar de não ser empregado em locais perigosos como seu irmão mais velho, o Apollo pretende ser um robô com domínio sobre uma variedade de tarefas, como caminhar, descarregar itens de veículos e manusear caixas.
- Ele pode ser usado, por exemplo, em fábricas e locais que demandam trabalhos manuais, como estoques ou armazéns.
- Além do formato bípede, como um humano, o Apollo ainda pode ser adaptado para ter uma base com rodas, ao invés de pernas.
- Para o CEO da Apptronik, Jeff Cardenas, que falou com o site Tech Crunch, isso dependeria do local e da atividade que o robô seria empregado. Contudo, ele sente que “as pernas venceriam”.
Diferencial deste robô humanoide
Ainda segundo Cardenas, a maioria dos robôs humanoides atualmente está adotando a linha do “propósito geral” (ou “uso geral“), ou seja, são desenvolvidos para realizarem diferentes tarefas a partir da coleta de dados práticos e predições, normalmente usando IA.
No entanto, o diferencial do Apollo é que, apesar de ele não conseguir fazer de tudo, domina as atividades propostas.
Você disse que todo mundo está pulando em direção ao ‘propósito geral’ e não entende porque as pessoas não olham para o ‘uso múltiplo’. Isso mexeu comigo, porque o que tenho comunicado como propósito geral é que realmente os usuários iniciais são multifuncionais. Primeiro você precisa mostrar se o robô tem um propósito, se pode fazer algo útil e viável no mundo real. A partir daí, você quer mostrar que pode ser multifuncional e realizar várias tarefas.
Jeff Cardenas
Por que humanoide?
Robôs já existem há décadas, então por que robôs humanoides? Segundo Cardenas, a vantagem desse formato é que os espaços em que eles serão utilizados não precisam passar por adaptações para empregar tanto humanos quanto robôs de diferentes formatos.
Por exemplo: para trabalhar em um armazém de estoque, o robô deve conseguir pegar caixas no chão, mas também em prateleiras mais altas, o que um dispositivo no nível do chão não poderia fazer.
Para o futuro, a Apptronik está explorando o uso das mãos do Apollo. De acordo com Cardenas, por enquanto, elas já funcionam para atividades iniciais.
Quando o Apollo chega ao mercado?
- O robô humanoide da Apptronik ainda está sendo testado, mas Cardenas já revelou que há contratos pilotos assinados.
- Provavelmente, a partir do final deste trimestre, o Apollo já estará sendo testado em campo, onde efetivamente trabalhará.
- A esperança do CEO é que os pilotos já comecem a ser usados durante 2024 e lançados comercialmente ao final do ano. Em 2025, Jeff Cardenas espera que eles estejam disponíveis para serem comercializados.
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Fonte: Olhar Digital