6 dicas para comparar celulares e fazer a melhor escolha

Comparar celular não é uma tarefa fácil. Mesmo entre especialistas, a recomendação pode ser diferente, pois depende de prioridades e da experiência pessoal de cada um.

Mas é possível ter em mente algumas dicas para ajudar na hora que você tem dois aparelhos lado a lado. O Canaltech explica como comparar celulares para lhe ajudar a fazer a melhor escolha.

1. Tela

A questão da tela não tem muito segredo. Painéis OLED costumam ter brilho, contraste e saturação melhores do que displays LCD. Não é uma regra em 100% das vezes, mas é raro um celular com tela LCD ter visibilidade melhor que um OLED.

Até porque, geralmente, os celulares LCD são de custo mais baixo. E a comparação costuma ser entre dois aparelhos com o mesmo tipo de painel. Mas, se você preferir brilho mais intenso, especialmente para usar na rua, recomendo optar sempre pelos modelos OLED.

A diferença entre duas telas com o mesmo tipo de painel costuma ser pouco nítida. E aí você pode olhar a resolução, que oferece imagem mais definida no Full HD do que no HD. A taxa de atualização não é uma preocupação das mais importantes, mas quanto maior, mais fluidez em algumas animações você terá.

2. Processador

Este é o ponto mais complicado. Nem mesmo quem é especialista tem muita facilidade em comparar processadores, porque, no papel, todos parecem iguais. E as diferenças estão em detalhes tão específicos que, se eu explicar, vai confundir mais do que esclarecer.

Mas algumas dicas podem ajudar bastante. Em primeiro lugar, é interessante verificar o ano de lançamento do chip. Quanto mais antigo, maior a possibilidade de estar defasado. Pensar na numeração do modelo também pode ajudar, apesar de não ser uma regra que funciona 100% das vezes.

É que um Snapdragon 480 é melhor que o Snapdragon 680, mesmo tendo sido lançado antes. Aí é uma questão de tecnologias: o 480 tem 5G e utiliza arquiteturas mais recentes.

Um site pode ajudar bastante: o nanoreview.net permite comparar processadores de maneira bem simples. Ele dá pontuações de desempenho em CPU e GPU e alguns detalhes extras, mas só de ver qual é mais veloz já costuma ser o bastante para ter uma ideia da melhor opção.

3. Câmeras

Resolução em fotografia não é tudo, mas ajuda. Porém, eu acho mais interessante você pensar nas funções das lentes e do aplicativo de fotografia do que na resolução dos sensores ao comparar celulares.

Por exemplo, pode ser mais interessante pagar menos em um aparelho com menos câmeras. Isso vale, principalmente, se a fotografia não é um ponto tão importante, e também para o caso de você não ter hábito de usar as lentes adicionais.

Além disso, é legal observar se as lentes oferecem o ultrawide, macro e zoom. E aí, você escolhe dependendo do que vai ser mais útil: um campo de visão ampliado, maiores detalhes de objetos muito aproximados, ou se aproximar de objetos sem precisar se mexer.

Modo noturno, retrato, filtros e outras opções dentro do app câmera também pode ser interessantes de olhar. O celular que tiver mais opções que lhe interessem talvez seja a melhor alternativa.

Para saber a real qualidade das câmeras de um aparelho, entretanto, você precisa testá-lo ou buscar na internet as opiniões de quem testou. Uma boa dica é procurar o smartphone na nossa lista de reviews aqui no Canaltech ou nos procurar no YouTube.

4. Bateria

Hoje em dia, quase todo celular intermediário tem 5.000 mAh de capacidade de carga. Mas, mesmo assim, há modelos com menos bateria que entregam tempo de uso superior, o que dificulta bastante a na hora de comparar celular.

Acho que o mais importante é ter em mente que praticamente qualquer celular lançado de 2021 em diante entrega, no mínimo, um dia de uso. Mas, se você faz questão de comparar o tempo real, a única maneira é tentar encontrar algum site que tenha testado ambos os modelos em um teste padronizado. E aí deixo a mesma dica que dei sobre as câmeras: procure o smartphone na nossa lista de reviews aqui no Canaltech ou no nosso canal no YouTube.

Não adianta muito olhar testes de locais diferentes ou com metodologias totalmente distintas. Mesmo no teste padronizado, o seu tipo de uso pode apresentar resultados diferentes, inclusive com um aparelho que duraria menos acabar sendo o que dura mais.

Se a sua comparação for entre celulares usados, tem que levar em conta que cada pessoa tem um cuidado diferente com o aparelho. E isso afeta a vida útil da bateria, e aí fica difícil comparar. Você teria que confiar na palavra do vendedor.

5. Software

Sistema operacional e interface varia de fabricante para fabricante. E vai muito do gosto pessoal: tem gente que prefere uma versão mais “pura” do Android, presente em celulares Motorola e outras marcas; tem quem goste de algo mais personalizado, como Xiaomi, Realme e outras chinesas.

Mas o fator que eu acho mais importante comparar é o tempo previsto para receber atualizações. O iPhone geralmente ganha neste aspecto de qualquer Android. Dentro do mundo do robozinho, a Samsung tem feito um trabalho excelente ao ampliar o número de updates. Mas é algo recente, que vale para modelos lançados desde o ano passado para cá.

Vale dar uma pesquisada na internet como é a previsão de atualizações dos modelos que você está comparando. É interessante optar pelo que tem mais updates, pois a vida útil do aparelho será maior.

6. Preço

Com relação ao preço ao comparar celulares, muita gente costuma optar simplesmente pelo mais barato. Mas, dependendo da diferença, pode ser mais interessante pagar um pouco mais em um modelo melhor. Aí vai de cada um e do quanto você pode investir no aparelho.

Acho que, neste tópico, vale mais a pena focar em celular usado. Aí você precisa observar questões como o tempo de uso e o estado de conservação da parte externa. Isso, claro, pensando em unidades usadas do mesmo modelo. Pode ser melhor pagar mais na opção mais conservada.

Se forem modelos diferentes, é legal pesquisar o ano de lançamento e tentar identificar em qual categoria cada um se encaixa. E aí, vale boa parte das dicas acima.