5G vs 4G: entenda as diferenças da Internet para celular e relembre o 3G

5G ou 4G? Essa é uma dúvida ainda recorrente entre os donos de celular na hora de comprar um aparelho novo ou ao se conectar em uma rede de internet. Mesmo com o avanço da quinta geração de rede móvel, muitas questões continuam confusas para o público geral, que ainda se lembra do 3G. Estas tecnologias são responsáveis pelo acesso à internet de celulares, tablets, entre outros dispositivos – até mesmo computadores.

Além delas, é fácil encontrar referências às siglas LTE, HSPA, EDGE, VoLTE, GSM, entre outras, que definem estas tecnologias, ou simplesmente indicam as especificações destes padrões. Confira, nas linhas a seguir, o que os termos significam e conheça as semelhanças e diferenças que influenciam diretamente no uso de cada uma delas.

Entenda a diferença entre 5G SA, 5G NSA e 5G DSS

2 de 6 Tecnologias de redes móveis para dados se dividem em gerações; 5G chega aos celulares em 2019 — Foto: Bruno De Blasi/TechTudo

Tecnologias de redes móveis para dados se dividem em gerações; 5G chega aos celulares em 2019 — Foto: Bruno De Blasi/TechTudo

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O guia do TechTudo abaixo traz explicações sobre as redes de internet móvel e as siglas que estão ligadas a este tipo de serviço. No índice abaixo, veja os temas que serão abordados:

  1. 3G
  2. HSPA e HSPA+ (ou 3,5G)
  3. 4G
  4. LTE
  5. 4,5G
  6. VoLTE
  7. 5G
  8. 5G SA (o “5G puro”)
  9. 5G NSA (o “5G impuro”)
  10. 5G DSS (o “5Gzinho”)
  11. 6G?

O 3G é a denominação utilizada para classificar a terceira geração das redes móveis. A tecnologia começou a ser instituída ainda no começo dos anos 2000 e trouxe a promessa de velocidades superiores ao 2G, com larguras de banda na faixa de 144,4 Kb/s (kbits por segundo) e chegaram até 168 Mb/s (megabits por segundo), com as evoluções que ocorreram ao longo dos anos. Atualmente, o padrão está disponível em grande parte do território nacional.

2. HSPA e HSPA+ (ou 3,5G)

Com a evolução da tecnologia, o 3G ganhou outras duas siglas, como o HSPA e o HSPA+ (também conhecido como 3,5G). Isto porque os dois protocolos de troca de informações oferecem velocidades diferentes, de até 14,4 Mb/s e até 168 Mb/s, respectivamente, e variam de acordo com o nível de sinal e cobertura oferecida da operadora.

É por isso que, quando alguns celulares acessam à Internet via rede 3G, você vê apenas um “H” na área de notificações, em vez de “3G”. O mesmo acontece quando se navega em 3,5G e aparece um “H+” na área de notificações, ou com 2G (GSM) e 2,5G (EDGE), que equivalem às letras “G” ou “E” no seu aparelho.

3 de 6 4G é o padrão mais rápido disponível no Brasil atualmente; adoção do 4,5G ainda engatinha — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

4G é o padrão mais rápido disponível no Brasil atualmente; adoção do 4,5G ainda engatinha — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

O 4G começou a ser discutido ainda em 2008. Um dos principais destaques é a capacidade de atingir velocidades na casa dos 100 Mb/s em dispositivos móveis, número simplesmente impensável para a tecnologia da época, algo em torno de 10 vezes mais rápido do que o 3G. Este salto expressivo permitiu que serviços complexos, como streaming de vídeos, músicas e jogos onlines fossem utilizados em redes móveis. A evolução desembarcou no Brasil por volta de 2013.

Se o HSPA e o HSPA+ viraram sinônimos indiretos da internet 3G, o mesmo vale para o LTE e o 4G. A sigla, que traduzida significa “evolução de longo termo”, foi criada para classificar esforços e desenvolvimentos interativos da rede 4G bem no começo, quando os tais 100 Mb/s eram muito ambiciosos.

A ideia estabelecida em consórcio pela indústria era criar um tipo de tecnologia que pudesse ser facilmente reconhecida e que direcionasse a evolução para chegar ao 4G “real”. Com o tempo, o LTE atingiu – e até superou as expectativas – de tal forma que o órgão regulamentador definiu que 4G e LTE poderiam ser usados para definir a mesma coisa.

4 de 6 VoLTE permite usar a qualidade e velocidade da rede 4G nas ligações telefônicas comuns — Foto: Ana Marques/TechTudo

VoLTE permite usar a qualidade e velocidade da rede 4G nas ligações telefônicas comuns — Foto: Ana Marques/TechTudo

O 4,5G – também chamado de 4G Plus – é um avanço sobre o que o 4G convencional entrega em termos de banda, representando de quatro a cinco vezes mais velocidade para o usuário. A tecnologia, no entanto, depende da desobstrução da faixa de espectro eletromagnético dos 700 MHz, competindo o em uso com canais analógicos de TV aberta.

O VoLTE (“Voice over LTE” ou “Voz via LTE”, em tradução livre) é uma tecnologia que permite realizar ligações com a rede 4G. Pode parecer estranho, mas sem isso, toda vez que uma chamada é feita ou recebida no seu celular, você está na verdade usando uma rede 2G ou 3G. Com o VoLTE, todos os problemas tendem a ser contornados, e o usuário ainda leva mais qualidade como bônus.

5 de 6 Moto Z3: Moto Snap 5G da Motorola permite conectividade com redes 5G — Foto: Luciana Maline/TechTudo

Moto Z3: Moto Snap 5G da Motorola permite conectividade com redes 5G — Foto: Luciana Maline/TechTudo

Quando houve o salto do 3G para o 4G, a promessa era de redes dez vezes mais rápidas. Do 4G ao 5G, as melhorias são ainda mais significativas: a proposta é de que a rede de quinta geração seja, em geral, 100 vezes mais rápida que a quarta geração, com velocidades de até 10 Gb/s (gigabit por segundo) em condições ideais.

No Brasil, a rede chegou primeiro nas capitais e vem sendo expandida para outras localidades de acordo com editais da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Isso porque são necessárias estruturas específicas para que o 5G possa ser espelhado nos espectros entre 600 e 700 MHz, 26 e 28 Ghz e 38 e 42 GHz. Assim como as antecessoras, a rede de quinta geração também tem subdivisões: 5G SA, 5G NSA e 5G DSS.

5G no Brasil: tudo que você precisa saber!

A rede móvel 5G SA é chamada de “5G puro” e representa a tecnologia mais moderna, que precisa de infraestrutura própria e não se aproveita das antenas utilizadas no sistema antigo. Assim, ela conta com uma radiofrequência exclusiva, que requer compatibilidade dos celulares ou tablets que forem se conectar. Alguns smartphones, inclusive, precisarão de atualizações do sistema para rodar a tecnologia.

9. 5G NSA (o “5G impuro”)

O padrão NSA usa a mesma tecnologia de rede do sistema 4G encontrado atualmente, com algumas evoluções. Por adotar este tipo de infraestrutura para funcionar, ele é classificado como “impuro”. O benefício mais relevante do 5G NSA é o fato de os usuários não precisarem mudar de chip para usufruir da tecnologia.

O 5G DSS é um modelo que usa toda a infraestrutura de rede do padrão 4G. Isso significa que os aparelhos 5G vão se conectar à mesma rede que atende ao 4G. As antenas compatíveis vão liberar velocidade maior (até 12 vezes superior em condições ideais) quando detectarem aparelhos com a disponibilidade de conexão para o DSS. Conhecido como “5Gzinho”, o 5G DSS pode ser considerado um “meio-termo” entre o 5G real e o 4G.

6 de 6 iPhone exibe opção para ativar 5G standalone no Brasil com segunda versão beta do iOS 16.4 — Foto: Danilo Paulo/TechTudo

iPhone exibe opção para ativar 5G standalone no Brasil com segunda versão beta do iOS 16.4 — Foto: Danilo Paulo/TechTudo

Pode parecer cedo, mas já se discute o que será, enfim, o 6G. A estimativa é de que as redes de sexta geração tenham velocidades de até 1 Tb/s (terabit por segundo), banda ainda indisponível mesmo em conexões residenciais e cabeadas. Além disso, outros avanços são esperados, como o uso da inteligência artificial para determinar qual é o melhor caminho de tráfego das informações.

Outras novidades devem ficar pela redução da taxa de latência (o atraso que ocorre na troca de dados entre usuários e a Internet). Dessa forma, especialistas acreditam que a solução deste gargalo será fundamental para que o 6G seja mais do que uma tecnologia para conectar celulares, oferecendo as bases para a integração de trilhões de dispositivos de todos os tipos e formatos ao redor do mundo. Em todo caso, nada disso deve chegar antes de 2030.

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