O Internet Explorer, navegador da Microsoft que estreou no Windows 95 e dominou o mercado até o início dos anos 2000, pode despertar um misto de nostalgia e frustração em alguns usuários. Embora tenha sido um marco na história da Internet e permitido que muitos explorassem a web pela primeira vez, o browser também ficou conhecido pelos seus frequentes travamentos e lentidão. Pensando nisso, o TechTudo listou quatro motivos para ter saudade desse navegador icônico e também três razões pelas quais ele não faz falta. Confira nas linhas a seguir.
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Internet Explorer no celular — Foto: Getty Images
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Motivos para ter saudade do Internet Explorer
1. Foi o primeiro navegador de muita gente
O Internet Explorer foi incluído no Windows 95 e permaneceu como o navegador padrão do sistema da Microsoft por muitos anos. Justamente por isso, o browser foi também o ponto de partida para milhões de pessoas explorarem a Internet pela primeira vez e aprenderem a navegar na web.
Hoje defasado, o IE chegou a responder, entre 2003 e 2004, por mais de 90% dos navegadores em uso. Não por acaso, o avanço tecnológico e o surgimento de novos browsers mais potentes não são capazes de apagar a nostalgia do Internet Explorer, que permanece como lembrança de uma época em que a Internet era uma novidade emocionante.
Interface antiga do internet Explorer — Foto: Getty Images
2. A Internet era mais simples
No auge do Internet Explorer, a Internet era um lugar mais simples e tranquilo. As redes sociais ainda estavam em seus estágios iniciais e não tinham o mesmo impacto e alcance de hoje. Os usuários navegavam pela web sem se estressarem com as “tretas” do Twitter ou compararem suas próprias vidas com as vidas supostamente perfeitas que os outros exibem no Instagram, por exemplo.
Além disso, a simplicidade da Internet permitia que as pessoas se concentrassem mais no conteúdo em si, em vez de serem distraídas por uma enxurrada de anúncios e notificações. Não havia publicidades invasivas que te seguem em todos os cantos da web, ou anúncios frequentes em vídeos do YouTube.
A história visual do Internet Explorer elucida a evolução da própria web. Desde seu lançamento, o navegador passou por várias reformulações de design, acompanhando as tendências da época. Em 1995, por exemplo, a cor de fundo padrão dos navegadores era cinza, em vez de branco. Mas as características mais marcantes do IE foram, sem dúvidas, a barra de ferramentas repleta de menus e os botões dispostos abaixo dela.
Interface do Internet Explorer em 1995 — Foto: Reprodução/Wikipedia
Ao comparar o IE a navegadores como Chrome e Firefox, o avanço na interface é notável. Neles, o visual é mais clean, e o layout, intuitivo, proporcionando ao usuário uma experiência de navegação mais agradável. Mesmo em suas versões mais recentes, que vinham com aparência mais moderna e elegante, o Internet Explorer manteve seus botões e uma barra de menu extensa. Apesar de menos funcionais, essas diferenças viraram uma marca do navegador e provocam nostalgia em alguns.
Interface do Internet Explorer em versão mais recente — Foto: Reprodução/Wikipedia
Após 27 anos de atividade, a Microsoft anunciou o fim do Internet Explorer em 15 de junho de 2022. Ao compartilhar uma notícia sobre o fim do serviço, um usuário escreveu, na legenda, os seguintes nomes: Janis Joplin, Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Amy Winehouse e Internet Explorer. A mensagem é uma referência ao Clube dos 27, termo que se popularizou após trágicas mortes de artistas do rock aos 27 anos de idade.
Mas não foi só a extinção do navegador que gerou piadas: o Internet Explorer foi protagonista de vários memes ao longo dos anos. Seus frequentes travamentos e lentidão foram retratados em inúmeras imagens virais no Twitter, criando um senso de nostalgia e humor em relação ao navegador.
Motivos para não ter saudade do Internet Explorer
Um dos principais motivos para não sentir saudades do Internet Explorer é a frequência com a qual ele travava. O navegador era conhecido por sua instabilidade e falta de resposta. Não à toa, os usuários constantemente se deparavam com mensagens de erro e sofriam com lentidão na navegação, problemas que interferiam na experiência de uso e irritavam bastante.
Falha no Internet Explorer permitia arrastar janela de erro e fazer desenhos pela tela — Foto: Reprodução/Internet
Não por acaso a Microsoft abandonou o IE e o substituiu pelo Microsoft Edge, browser que usa o mesmo motor do Google Chrome e proporciona uma navegação mais eficiente. O Edge também é compatível com sites e aplicações modernas e oferece maior proteção contra ataques de phishing e malware.
2. Não tem extensões como os navegadores atuais
Enquanto navegadores como Chrome e Firefox oferecem uma extensa biblioteca de plugins, o Internet Explorer não acompanhou essa demanda de mercado. As extensões são pequenos programas que adicionam funcionalidades extras ao navegador, permitindo aos usuários personalizar e melhorar sua experiência de navegação. A ausência de extensões no Internet Explorer limita as opções dos usuários às funcionalidades básicas, tornando o browser insatisfatório para aqueles que desejam uma experiência de navegação mais completa.
3. Bugs e falhas de segurança
O Internet Explorer também ficou conhecido por apresentar uma série de bugs e vulnerabilidades de segurança. A situação se agravou com o Internet Explorer 6, cujas falhas deixavam os usuários expostos a ameaças e ataques online. Na época, a própria Microsoft fez campanha para tirar as pessoas do navegador. Infelizmente, porém, as falhas não pararam na sexta versão do browser.
Além dos travamentos frequentes e vulnerabilidades de segurança, outro bug associado ao Internet Explorer são problemas de compatibilidade. Era comum os usuários se depararem com sites em branco, imagens não exibidas, texto quebrado ou menu mal posicionado. Haviam ainda problemas para reproduzir vídeos, geralmente pela ausência de algum recurso.